Capítulo 36

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OLÁ pessoal, boa leitura e votos de um bom dia para todos, Bjs ^.~

Meu tio foi o que eu digo a calmaria antes da tempestade, e definitivamente eu estava certa sobre isso, pois o sorriso que meu tio está dando agora demonstra que ele já se encontra no recinto e que meu tempo acabou, tenho muitas coisas para explicar, novamente a vontade de fugir vem dessa vez a multiplicar, me viro lentamente para verificar meu pai atrás de mim com Helena ao seu enlace que provavelmente o tentou deter por mais um pouco, mas agora já não consegue e eu tenho que lidar agora com as explicações que eu promete mais cedo, isso faz-me engolir em seco e caminhar até ele que pede silenciosamente por explicações.

-Pai –digo muito calmamente testando o caminho para poder dizer as coisas que eu tenho de dizer, meu pai responde com um maneio de cabeça confirmando que entendeu minha presença, mas seus olhos não estão em mim e sim em Edward investigando-o e interrogando com o olhar –Esse é Edward.... Meu namorado –digo com o fio de coragem que sobrou em meu corpo e imediatamente os olhos de meu pai se voltam para mim incrédulos –Eu sei que deve estar a pensar que escondi isso do senhor, mas eu só estava à espera do melhor momento.

-A espera do melhor momento? -indaga descrente e sei que não acreditou –Se não tivesse sido despedida por alguma coisa que obviamente envolveu ele, nem sequer teria ligado para mim e parece que só ligou porque eu era a sua última opção no momento –retruca para mim e meus olhos se enchem de lágrimas por sua conclusão, se calhar está certo de eu só apresentar Edward por causa do problema, mas honestamente eu espera o preparar melhor para uma informação dessas e ele não é minha última opção, fere meu coração ele ter deduzido isso.

-Senhor Watson, eu acho que está sendo duro demais com Charlotte.

-E quem você pensa que é para interferir em uma conversa com minha filha –meu pai rosna indo em direcção de Edward –Você só está em minha casa, porque minha filha não tinha me dito qual era o seu relacionamento com ela.

-Pai! –Peço com o resto de voz –Edward não teve nada a ver com isso, foi uma decisão minha, deixar para contar para o senhor em uma outra altura só que as coisas saíram de meu controle, e Edward e eu não estamos juntos nem tem um mês.

-Não importa! –Braveja se voltando ainda para Edward –Tinha que me dizer que tinha um namorado nem mesmo com dois minutos juntos, e agora quer me falar de semanas? –Diz voltando para mim e vejo decepção em seus lindos olhos azuis que agora demonstram turvos para mim –Você não sabe nada do mundo lá fora minha menina, ele pode ser um vigarista que nem um relacionamento sério teve algum dia –pontua e meus olhos se derramam com suas palavras –Eu não quero que seja iludida por palavras lindas e doces que ele pode dizer agora e se magoar mais tarde.

-Eu não acho que minhas palavras sejam mentirosas senhor Watson, entendo sua posição de pai de Charlotte eu com certeza faria a mesma coisa se tivesse uma filha como ela –responde Edward chamando a atenção de meu pai para ele –Mas minhas intenções com Charlotte são sérias, me desculpo sinceramente por deixar as coisas chegarem a esse ponto, mas eu agradeceria imenso se o senhor me permitisse ter uma conversa a sós com o senhor, por favor! –Pede, coração dispara com isso batendo muito mais rápido, os dois homens que agora ocupam minha vida querem conversar sozinhos, não sei o que esperar de uma conversa com eles dois.

Para o meu delírio meu pai acena confirmando e indicando o caminho do seu escritório para Edward, meu tio toma parte disso também os acompanhando, não sei se isso é bom ou ruim demais, que os acompanho com os olhos imóvel sem saber o que fazer ou o que apelar e depois que desaparecem de meus olhos, desabo no sofá da sala com Helena em meu alcance assim que meu corpo faz contacto com o sofá e as lágrimas que eu segurei por esse todo tempo caem de meu rosto incessantemente.

-Minha menina tudo vai se resolver –consola-me Helena acariciando meu cabelo em conforto, aceno torcendo para que suas palavras se tornem verdade –Tudo vai se resolver...-Sussurra, peço internamente para Deus que tudo se resolva verdadeiramente pois eu não sei como vou sobreviver a isso se meu pai Edward e tio Robert não conseguirem entender a importância que cada um representa em minha vida, e minha vida estará uma confusão se isso se tornar em um problema agora que eu resolvi deixar Edward entrar em minha vida.

-Tudo vai ficar bem, tem de ficar bem não? –Pergunto desesperada olhando para Helena que acena confirmando mesmo que eu saiba que isso não está em suas mãos, o simples facto de ela estar aqui e torcendo para que tudo fique bem alivia um pouco a tensão dentro de mim.

Em determinado momento eu abandonei o conforto do sofá e do calor de Helena e passei a andar as voltas na enorme sala tentando me desfazer da ansiedade que a conversa a portas fechadas no escritório do meu pai está trazendo para mim, mas parece que isso não ajudou muito pois agora eu me encontro em um estado eufórico e ansioso, parece que já se passaram muitas horas e pergunto pela milésima vez para Helena, que se vê obrigada a ir buscar-me um chá relaxante para acalmar os meus nervos, que infelizmente não vão passar até eu saber que está tudo bem e que eles estão fisicamente bem também, pois em um momento desses minha mente já pensou em todas as possibilidades e a maioria delas não acaba exclusivamente bem.

-Para de andar ás voltas menina, daqui a pouco vai criar um buraco bem no meio da sala –diz e parece um comando automático para meus pés pararem e eu ficar estática –Melhor assim, agora vem cá, senta e toma esse chá de camomila e acalma-te que eles daqui a pouco saem do escritório –afirma e mesmo assim eu não paro "porque demoram tanto" eu posso ir escutar atrás da porta não? –Meu Deus menina do céu, para com isso, suas engrenagens vão entrar em colapso se não parar.

Mas por que eles estão demorando tanto daqui a pouco já é hora do almoço e eles ainda não terminaram a bendita conversa.

–Eu posso levar café para eles, ou algo para comerem –digo tentando arranjar pretextos para conseguir alguma informação e verificar se está tudo bem com eles.

Helena não responde e parece que meu estado letárgico é muito para ela lidar além dos nervos de não sabermos o que se passa naquele escritório, ela maneia a cabeça informando que não posso fazer isso e eu suspiro alto e designada a ter alguma informação eu vou em direcção ao escritório decidida a entrar e exigir alguma explicação "afinal eles estão falando da minha vida aí certo?"

Assim que chego a porta do escritório antes mesmo de eu poder tocar na maçaneta dela a porta se abre apresentando um Edward intacto, meu pai calmo e meu tio risonho "O que está acontecendo aqui" pergunto para mim mesma internamente

–O que aconteceu? –Pergunto para ninguém em especial e Edward abre um sorriso calmante para mim que acalma parte da minha apreensão, mas não toda, por isso busco o rosto de meu pai que está impassível para mim e com isso meu coração se afunda deduzindo que isso afinal de contas não vai ter um final feliz como eu esperava.

O MEU SEMPREWhere stories live. Discover now