Capítulo 38

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-Eu vou tratar de alguns assuntos com Robert –informa papai se levantando. Depois de nossa refeição viemos para a sala por um pouco –Sinta-se à vontade Edward.

-Na verdade, ele já vai daqui a pouco papai, ele ainda tem de voltar a trabalhar eu roubei muito do seu tempo hoje –declaro e papai acena confirmando –Mas antes eu vou subir com ele rápido, pois precisamos conversar umas coisas ainda –deixo cair a bomba e as sobrancelhas de meu pai logo estão no alto de sua testa.

-Tudo bem –responde a contragosto, dou um sorriso com todos os dentes para ele levando comigo Edward em direcção às escadas –Deixe a porta aberta Charlotte Watson! –grita ele, não esperava menos de sua atitude, que me faz dar risadas a mim e a Edward.

-Eu vou deixar papai! –Grito de volta na porta do meu quarto, fazendo Edward entrar primeiro, ele que parece estar inspeccionando-o meticulosamente –Então o que achou? –Pergunto depois de um tempo de inspecção.

-Um quarto muito sóbrio e adulto para uma adolescente –responde vindo até mim -Mas tem poste de Henry Cavil? Uma adolescente que gosta de banda desenhada e livros britânicos –Caçoa de mim, reviro os olhos por seu argumento, e me puxa para ele me prendendo em seus braços um gesto que aceito de bom gosto –Obrigado –sussurra, fitando seu olhar espelhados em um verde maravilhados penetrantes, em meus olhos que simplesmente brilham em êxtase, como se seu agradecimento fosse o reconhecimento de algo mais –Você é boa demais para mim.

-Para com isso! –Digo tentando fugir dessa confissão que parece muito significativa –Eu é que tenho que agradecer por ter tido uma dose da minha família, toda reunida e não ter ido embora pirado.

-Sua família é linda –pontua sem nem ter ligado para as coisas que eu disse –E todos se preocupam e amam você, está no direito de eles acharem tudo isso estranho, e quererem proteger você do perigo –agora seus olhos brilham divertidos por se lembrar da piada de meu pai o que me faz rir também –E eu sou sortudo por me deixar fazer parte da sua vida e compartilhar momentos como estes, tão lindos –diz passando o dedo por minha bochecha –Você é linda, e uma incrível mulher –tece elogios para mim, meu coração transborda, me coloco na ponta dos pés para alcançar sua boca, ele me ajuda baixando a cabeça para ter melhor acesso a minha boca, e é como se compartilhássemos de uma nova descoberta, seu beijo é calmo e muito bom, sua língua instiga a minha a abrir passeando por minha boca muito sofisticado, mas eu desesperadamente quero mais e quando tento aprofundar ele se afasta com um sorriso maroto em seu rosto.

-O quê? –Resmungo manhosa o que o faz dar risada agora.

-Eu não vou abusar da boa vontade do seu pai, pegando a filha dele bem debaixo do seu nariz –diz risonho, eu simplesmente não me importo com meu pai agora, só quero beijar sua boca –Depois ele diz que eu desvio você, mulher! –Repreende, amuo com a ideia de que não vou receber nem um beijo devidamente –Vai para casa hoje? –Pergunta tentando mudar de assunto o que só me faz ficar ainda mais amuada e balanço a cabeça negando, ele ri de mim e se abaixa para deixar um único beijo em meus lábios que eu recebo prontamente.

-Eu vou passar a noite aqui hoje –informo menos amuada –Mas eu ainda quero um beijo decente lindo –peço manhosa.

-Pois meu bem, não vai ter hoje –diz malvado, mostro a língua para ele em um gesto infantil que o faz rir –Agora me explica o Henry Cavil? Não acha que o tal manilo está de bom tamanho? –pergunta curioso, rio da expressão emburrada em seu rosto –Além de personagens Ingleses de Jane Austin, Thomas Hardin, e Bronte ainda tenho de competir com super-heróis?

-Meu Deus que alarido! –digo rindo dele e de sua falsa dissimulação –E o super-homem é um ícone, não poderia faltar na minha colecção juvenil, seria um insulto! –Informo petulante –E você não tem que competir com eles –digo e um sorriso presunçoso brinca em seu rosto –Pois eu escolhi você! –Pontuo, ele olha desconfiado para mim o que me faz rir –Você não tem uma empresa para ir não? –Pergunto o enxotando.

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