Capítulo Doze - Penelope

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ACORDEI COM O SOM DO meu celular tocando

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ACORDEI COM O SOM DO meu celular tocando. Estava tão grogue que pensei que aquele barulho irritante fosse só parte do meu sonho esquisito, envolvendo campos verdes e duas cabras com sinos no pescoço.

Abri os olhos, confusa, e tateei a mesa se cabeceira em busca do aparelho, derrubando meus brincos e colar que tinha colocado ali na noite anterior, depois do meu jantar com o príncipe.

Atendi o celular sem nem ver quem era.

"Penelope?", a voz do meu pai soou alarmada, fazendo com que eu me erguesse dos travesseiros.

"Papai?" Eu soltei um bocejo inconveniente. "Está tudo bem?"

"Você já viu as notícias?", ele perguntou de uma vez, sem enrolação, sua voz sempre calma estava urgente.

Meu coração disparou no mesmo instante, minha mente já criando mil ideias absurdas para explicar aquela frase misteriosa.

"Que notícias?"

"Sobre você e o príncipe."

Franzi as sobrancelhas, com dificuldade de acompanhar seu raciocínio. Me lembrei da noite anterior, do jantar, do restaurante e do quiosque, e de repente tudo fez sentindo.

"Merda", murmurei, afastando as cobertas e pulando da cama, o sono sendo abandonado por completo, embora a confusão continuasse ali. "O que é que estão dizendo?", perguntei, já em busca do meu laptop, que devia estar soterrado em algum lugar do armário.

"Bom, nada demais", meu pai disse, mas sua voz estava hesitante. Sabia que estava mentindo para mim. "Pelo que li até agora... bom, todos acham que foi um encontro romântico."

Senti minhas bochechas esquentarem. Eu não queria falar de nada que tivesse a ver com romance com o meu pai. De jeito nenhum.

Ao fundo, ouvi a voz inconfundível de Sam.

"Me deixe falar com ela!"

Meu pai disse alguma coisa que eu não consegui entender e a voz de Sam surgiu na linha.

"Eu disse para você ter juízo, não disse?", foi a primeira coisa que ele disse para mim.

Bufei, agora desejando sim falar de romance com o meu pai. Aquilo seria menos estressante que aguentar as provocações do meu irmão.

"Não foi nada demais!", disse, soltando um gritinho de triunfo em seguida quando finalmente achei meu laptop embaixo de uma montanha de sapatos. Voltei para cama e o abri, esperando impaciente enquanto iniciava. "Alguém da imprensa deve ter nos visto."

"Bom, isso não importa mais", disse Sam. "Cada portal de notícia do país está dizendo que vocês têm algum... envolvimento romântico."

"Como é que é?! Como isso seria possível? Eu só estou no palácio há uma semana. Ninguém se apaixona em uma semana!"

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaWhere stories live. Discover now