Capítulo Vinte e Cinco - Sebastian

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OUVI UMA BATIDA BREVE NA porta enquanto tentava ajeitar minhas roupas na mala

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OUVI UMA BATIDA BREVE NA porta enquanto tentava ajeitar minhas roupas na mala.

"Pode entrar", disse em voz alta.

Olhei na direção da porta e vi Steven colocar a cabeça para dentro do quarto, me procurando com os olhos. Abri um meio sorriso.

"É claro que é você. Quem mais nesta família bate antes de entrar?"

Steven soltou uma risada e veio até mim.

"Ocupado?"

"Só ajeitando algumas coisas de última hora." Lancei um olhar para a minha mala bagunçada na cama e cocei a cabeça. "Talvez ajeitando tudo de última hora."

Ele sorriu e se sentou na beirada da cama.

"Desde quando você é desorganizado?"

"Arrumar malas nunca foi meu forte."

Dobrei uma última camisa antes de me virar para o meu irmão, que me observava em silêncio.

"Sempre pensei que você não fosse muito fã do clima do litoral", ele falou. "Sei que disse ontem que estava com vontade de ver o mar e sair um pouco, mas fique sabendo que ninguém comprou essa sua desculpa."

Eu dei de ombros, já esperando por aquilo.

"Eu sei. Margot fez questão de me atormentar por conta disso por umas três horas seguidas."

"E ela não conseguiu tirar nada de você?"

"Não tenho nada para dizer."

Steven abriu um sorriso sarcástico de quem não acreditava nem um pouco no que eu estava dizendo. Para ser sincero, quem acreditaria? Eu estava trancado no palácio há meses. Eu só esperava que ele não insistisse naquele assunto tanto quanto Margot tinha feito.

"Juro que não falo nada para ela se você me contar a verdade", Steven barganhou. "Fica só entre a gente."

Eu soltei uma risada e balancei a cabeça para Steven.

"Quantos anos você tem mesmo? Dez?"

Steven deu de ombros, despreocupado. Eu soltei um suspiro e ajeitei os óculos, me voltando para a minha mala e tentando me distrair com qualquer coisa.

Margot tinha um jeito irritante de fazer qualquer um falar. Quando queria, insistia tanto em um assunto que acabava vencendo qualquer um pelo cansaço. Steven era diferente. Ele queria conversar comigo e não insistiria demais, apenas ficaria ali em silêncio me olhando até que eu acabasse abrindo a boca.

Ele sabia como dobrar alguém. Talvez aquilo o ajudasse bastante quando um dia assumisse o lugar do nosso pai.

"Penelope estava com vontade de viajar para o litoral antes de voltar para Lyria", disse de uma vez. "Eu só... Não sei, achei que seria legal ir com ela."

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaWhere stories live. Discover now