Capítulo Quinze - Penelope

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"AH, EU AMO O VERÃO", uma voz disse próxima de mim, enquanto eu olhava para as janelas da biblioteca ao longe

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"AH, EU AMO O VERÃO", uma voz disse próxima de mim, enquanto eu olhava para as janelas da biblioteca ao longe. "O frio e eu não nos damos muito bem. Sempre fico o dia todo embaixo das cobertas sem coragem de levantar. Você também prefere o calor, Penelope?" Eu estreitei os olhos e me perguntei se Sebastian estaria por lá, mergulhado em um livro no silêncio absoluto, sozinho. "Ah, olhe só, o castelo está pegando fogo!" Murmurei algo em resposta e pensei que talvez fosse uma boa ideia passar na biblioteca quando voltasse para dentro do palácio.

Talvez eu devesse passar na biblioteca no caminho para o meu quarto, devia aproveitar que tia Matilde estava escrevendo toneladas de cartas para as suas amigas de Lyria e não iria me arrastar para um passeio chato ao redor do castelo ou me ensinar alguma habilidade que eu não tinha a mínima vontade de adquirir.

De repente dedos estalaram diante dos meus olhos e eu pisquei assustada. Me virei para Margot, que me observava com uma sobrancelha erguida.

"Em que universo você está e por que não me chamou para ir junto?"

Eu sorri e ajeitei uma mecha do cabelo atrás da orelha, torcendo para que ela não notasse o rubor que com certeza estava tomando conta das minhas bochechas.

"Desculpa, estou meio distraída hoje." Então me aprumei e me dediquei à tarefa de prestar atenção na princesa. "O que você estava dizendo mesmo?"

"Ah, nada importante", ela falou dando de ombros. "Na verdade estava me divertindo vendo sua cara de paisagem."

"Ei!"

Ela riu e ergueu os olhos para o gramado à nossa frente, estreitando os olhos para Eloise, que colhia pequenas flores adiante.

"Querida, por que você não vem aqui me mostrar suas flores?"

A garotinha correu até nós com um grande sorriso, mostrando as flores que tinha encontrado por ali como se fossem verdadeiros tesouros.

"Olha só essa!", ela exclamou, nos mostrando uma florzinha cor-de-rosa. "Não é bonitinha?"

"Ah, sim, muito bonita", respondeu Margot, sacando um tubo de protetor solar que tinha escondido atrás de si no banco em que estávamos sentadas. "Por que você não mostra todas elas para a Penny enquanto eu passo o protetor em você?"

Eloise fez uma careta e tentou se esquivar, mas Margot a agarrou antes que pudesse fugir.

"Eu não gosto dessa coisa!", a garota resmungou. "É grudento!"

"Não é, não", Margot ralhou, passando um pouco de protetor nas mãos e espalhando o produto pelos braços de Eloise. "Se você ficar no sol e se queimar, adivinha quem vai ter de ouvir umas boas do vovô mais tarde? Isso mesmo. Eu!"

"Além do mais, você pode acabar ficando cheia de sardas", acrescentei.

"Mas sardas são bonitas", disse Eloise, como se não entendesse. "Olhe só as suas, que lindas."

Um Príncipe para Penelope, livro 2 - Casa ArtheniaWhere stories live. Discover now