BROKEN | sem revisão

Capítulo 9

Maratona 2/3

HampellVille - junho de 2018

Hoje, meu dia de trabalho passou mais rápido do que eu imaginava que passaria. Foi tudo tão corrido que nem vi o tempo passar.

Max me pediu para esperá-lo sair pois ele tem algo importante pra me dizer. E já estou o esperando há quase duas horas.

Já abri o Instagram mil vezes; fechei; abri o WhatsApp; fechei. Não aguento mais ficar aqui sem fazer nada.

- Hey, Medeleine! - Olhei para o lado e vi Ethan.

- Oi, Ethan. Tudo bem? - Perguntei amigavelmente.

- Tudo certo e você? - Assenti, respondendo que sim.

- E como foi o fim do dia ontem? Aproveitaram bastante lá no lago? - Perguntei, mesmo que não estivesse muito interessada.

- Foi legal, o pessoal resolveu brincar de verdade ou consequência. Alguns caras ficaram no lucro, porque beijaram umas meninas muito gatas, nossa! - Exclamou e eu ri. - Tipo o Davies, ele beijou a Savannah e a Jessye ao mesmo tempo. O cara é um filho da puta sortudo. - Soltei uma risadinha e concordei.

- Ei, Med. Vamos? - Max apareceu e me chamou, concordei e levantei da cadeira.

- Até mais, Ethan. - Me despedi rapidamente dele e peguei minha mochila na cadeira.

- Até, Medeleine.

Andei ao lado do Max até o carro.

- Fez um novo amigo? - Max perguntou, curioso.

- Sim, ele é amigo de um cara que eu conheço. - Ele deu um sorrisinho.

- Um namoradinho, é? - Gargalhei com a cara sugestiva que ele fez e joguei a cabeça pra trás.

- Claro que não, né! - Ele deu de ombros e destrancou o carro, que está no estacionamento aberto do supermercado.

Abri a porta e me sentei no banco do passageiro.

- Eu acho que não te contei. Mas eu enviava algumas mensagens pro Peter e deixava mensagens de voz na caixa de mensagens. - O encarei e ele me encarou de volta, compreensivo e assentiu para que eu continuasse. - Só que eu não me lembrava que o chip dele foi cancelado e que outra pessoa provavelmente já tava com ele. Um dia o Davies me ligou de volta, eu surtei com ele e nos conhecemos numa lanchonete. - Ele me olhou com as sobrancelhas erguidas, como se estivesse espantado com a história.

- Nossa, que rolê. - Ele disse depois de alguns minutos em silêncio, enquanto saía do estacionamento. - Por que não me contou sobre isso, Medeleine? Você sabe que se precisar estou aqui, porra. Sou teu amigo e quero seu bem. - Ele parecia chateado.

- Eu sei, Max. - Dei uma pausa e suspirei. - Mas então, o que queria me contar? - Mudei de assunto.

- Ah sim, claro. Lembra que eu briguei com meus pais e tudo mais? - Assenti. - Eles me ligaram e pediram desculpas. Agora meu pai quer que eu administre a empresa dele e me torne dono de uma grande empresa de advocacia. E eu lá tenho cara de CEO metido a riquinho? - Ele perguntou e revirou os olhos.

- Tem sim, Maxuel. - Ele me mostrou o dedo do meio.

- Vá se foder. - Gargalhei.

- Qual é, Max. É uma ótima oportunidade, você pode dar condições melhores pros seus filhos e pra sua mulher, pensa neles. Além do mais, seus pais querem seu bem, poxa. - Ele concordou com a cabeça.

- Aceita ser minha secretária, então? Por favor, Med. - Ele fez cara de cachorro sem dono.

- Ah, não sei, Max. Eu não tenho experiência.