Capítulo 28

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HampellVille - Dezembro de 2018.

Tia Margot 💖 - Medeleine? Podemos conversar?

Tia Margot 💖 - Preciso muito conversar com você, querida.

Tia Margot 💖 - Me encontre no mesmo Restaurante do centro às 13h. Beijos ❤️

Encarei a tela do celular, relendo as mensagens de Margot e me sentindo extremamente ansiosa.
Mordi as bochechas internas e me levantei, indo em direção à sala do Max.
Bati na porta e entrei assim que permitiu minha entrada.

- Pode me dar uma carona até o centro, por favor? - Pedi e comecei a andar de um lado para o outro na sala dele.

Maxuel me encarava como se eu fosse uma maluca alienada. Suspirei e me sentei em frete à ele.

- O que foi, M? Por que está tão ansiosa? - Ele me encarou e pegou minha mão repousada em cima da mesa. Ele acariciou meus dedos e eu sorri para ele.

Max faz isso desde que nos conhecemos. Peter disse à ele que me ajudava sempre que minha ansiedade atacava e que carinho nos dedos era ótimo para mim acalmar. Desde então, Max sabe exatamente como me ajudar. Ambos sempre cuidam bem de mim.

- Margot quer conversar comigo às 13h e me mandou encontrá-la no restaurante do centro. Aquele caro que ela frequenta sempre, sabe? - Falei tudo rapidamente, quase engolindo uma palavra ou outra.

Tirei meu celular do bolso e o entreguei.

- Olha. Ela me disse isso e agora estou morrendo de ansiedade! - Ele passou os olhos rapidamente pela tela do celular, lendo as mensagens.

- Já são 11h53, Medeleine. Se acalme e tome uma água. Às 12h30 sairemos daqui, ok? - Ele disse e eu concordei.

Sai da sala dele, tão rápido quanto entrei e fui beber uma água para me acalmar.

Pensei em ligar para Davies, talvez a tensão e a ansiedade sumissem ao falar com ele, mas decidi que não iria ou contar. Não por enquanto.

Comecei a folhear alguns papéis, li alguns documentos e agendei algumas reuniões para Max, e assim a hora voou.

- Ei estressadinha, vamos? - Max me chamou e eu olhei no relógio. 12h35 .

- Vamos, por favor! - Exclamei e me levantei num pulo.

Fomos o caminho todo em silêncio. Max estava respeitando meu espaço e só perguntaria algo se eu o desse abertura para o fazer. Eu o agradecia por isso.

- Beijos, Med. Me ligue quando for para te buscar e se cuide. - Max se despediu assim que estacionou e desci do carro depois de me despedir também.

- Olá, boa tarde. Mesa reservada no nome de Margot Blackwell. - Disse à atentende da entrada e ela sorriu para mim.

- Boa tarde, senhorita. Me siga, por favor. - Ela fez questão de me aompanhar até à mesa e eu a segui.

Subimos no segundo andar e vi Margot de longe, observando a vista da varanda. Ela sempre escolhia a mesa ao ar livre, era a tradição.
Me aproximei devagar e sorri para ela quando cheguei à sua frente. Ela retribuiu e eu me sentei. Abri a boca algumas vezes, mas nada.

- Me desculpe se te atrapalhei, querida. - Ela disse e eu neguei rapidamente, balançando a cabeça de um lado para o outro freneticamente.

- De forma alguma, tia! - Exclamei e vi alivio em seu rosto.

- Serei direta, meu bem, você sabe o quanto odeio enrolação. - Ela disse eu assenti, ainda mais nervosa e ansiosa do que cedo. - Comecei terapia há algumas semanas e me sinto mais leve, embora esse não seja todo o motivo, há mais duas coisas. - Ela fez uma pausa, me pedindo permissão para que dissesse e eu lhe dei, assentindo. - Vou me mudar para o interior com minha família, o mais rápido possível. - Arregalei os olhos e engoli em seco. Assim que viu minha tristeza, ela continuou. - Virei te visitar, assim como você irá também, mas por enquanto preciso de paz, Med, você me conhece. - Eu assenti e ela voltou a falar. - Conversei com Peter. - Senti meu coração na garganta, me senti empalidecer. Vi minha vista embaçar aos poucos.

Não era surpresa para mim, sempre soube dos sonhos que Margot tinha com pessoas que já partiram, mas não imaginava que conversaria com Petz tão cedo, e o que mais me assustava era saber que eles conversaram sobre mim, ou não estaríamos aqui. Eu não estaria aqui.

- Por favor, me diga sobre o que conversaram! Ele me odeia? Me culpa? - Me senti insegura e pior de tudo; medrosa. Sequei uma lágrima que desceu pela minha bochecha.

- Medeleine, fique calma, você sabe que não. Ele ama você e jamais a culparia! Ele me disse que esta bem, te ama e sente saudades. - Fez uma pausa e suspirou. - Leine, querida, estávamos em um lugar tão calmo, tão lindo e sereno, pude perceber que nosso garoto está em paz agora. Pude sentir. Ele está bem, querida, e ele ama você mais do que qualquer outra coisa que já teve na vida. - Me senti tranquila e uma paz interior. Nunca estive tão realizado em toda minha vida até aquele momento. Eu senti como se Margot tirasse um peso de minhas costas.

- Eu agradeço por me dizer isso, tia. Realmente agradeço! - Ela pegou minha mão apoiada sobre a mesa e a apertou com delicadeza. - Se o ver outra vez, pode dizer que o amo e que sinto saudades? Eu fico muito grata! - Ela assentiu e sorriu para mim graciosamente.

E assim, encerramos aquele assunto. Começamos a conversar sobre coisas aleatórias e eu a contei sobre minha história com Davies.
Depois de uma longa conversa, almoçamos juntas e eu voltei com Max para o trabalho.

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Oioioi, tudo bemmm??

Bom, sei que novamente demorei para atualizar, peço desculpas por isso!!!
Quem me segue no Facebook, Instagram ou até mesmo aqui no perfil, sabe que perdi esse capítulo e tive que reescrevê-lo. Foi um desafio, pois o primeiro estava perfeito e agora sinto que está péssimo, mas tudo bem...

Enfim, espero que gostem e desculpa a demora novamente...

Angel 💖

BROKEN | sem revisãoWhere stories live. Discover now