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S/N ~ no jardim

Deitada na grama macia, eu observo as folhas que balançavam nas árvores, junto com as nuvens que uma a uma eu via suas formas como grandes algodão a se desfazer lentamente sumindo no céu azul do dia. Se passaram várias semanas, dois meses pra ser exata, desde que me acomodei aqui em Asgard e eu estaria mentindo se dissesse que não sinto falta de Midgard, digo, a Terra. Liz era o que mantinha bem e me tirava daquela rotina tosca que eu tinha. Acordar, biblioteca, caminhada, casa, dormir, acordar... Era tedioso e aqui eu tenho um real propósito, por mais absurdo e ridículo seja.

Por alguns minutos eu fecho os olhos e começo a pegar no sono, mas é interrompido por um som grave, alto e longo, algo que seria a primeira vez que eu tivesse escutado desde então. O que isso pode ser? Uma grande movimentação se forma fora do jardim e uma multidão caminha em uma direção, para o palácio. Ouço vários murmúrios e cochichos conforme vão se juntando.

"A essa hora? Deve ser algo grave"

"Com certeza deve ser sobre a coroação"

"Espero que não seja notícia ruim"

Ao longe, vejo Frigga e Thor surgirem no alto do palácio e mais atrás, Loki com seu olhar de desprezo e ainda sim com as mãos para trás com o nariz todo empinado à olhar para o povo de cima.

— Povo de Asgard. Venho anunciar que nesta noite, meu filho Thor Odinson — apontou sorrindo. — se torna rei.

Todos aplaudiram em alegria, até Loki, com palmas lentas e um sorriso falso.

— Será um evento especial e aberto para todos.

— Até para mim?

Uma voz atrás da multidão se sobressai sobre o espanto de todos, uma voz feminina e forte. Todos olhavam com pavor e medo enquanto um corredor se abria. Ao longe eu podia ver cabelos loiros voar com o vento. Thor cruzou os braços, vendo a mulher se aproximar.

— Chegou cedo Meredith. Uma pena que você mesma tenha estragado seu próprio plano. — disse Thor.

— Ora, mas não vim estragar sua coroação futuro rei de Asgard, quero apenas bater um papinho em aberto. Inclusive, bom em rever você Loki.

Em uma fumaça vermelha, Meredith surge ao lado de Frigga e Thor, olhando calmamente nos olhares do povo em pavor.

— Own't, como são fofinhos olhando para mim com medo. Hoje não vim fazer o mau,  talvez só plantar uma sementinha interessante.

— E qual seria? — Frigga perguntou.

— A discórdia. — ela sorriu. — Asgard, sabes que o príncipe moreno, quis me vender uma alma?

Loki que observava a situação soltou uma risada alta e contagiante.

— Veio com brincadeiras, bruxinha? Seja lá qual for seu plano, é blasfêmia.

— Vai me dizer que não ia me oferecer a pobre e inocente S/n pra que seu irmão desista do trono.

Espera, o quê? Me recuso a acreditar nisso.

— Vou. Que moral acha que tem de vim e dizer isso e usar meu nome? Não é lixo pra ficar em boca suja como a sua.

Ela sorriu. E se virou novamente ao povo, movimentando as mãos lentamente enquanto no céu se formava uma fumaça vermelha e no centro, uma imagem aparecia. Alguns ameaçaram fugir enquanto outros observavam atentamente para o céu.

Entre Reinos · Imagine Loki LaufeysonWhere stories live. Discover now