11. POR QUE AGORA?

8.2K 669 130
                                    

Senti o desconforto de Thomas, ele apenas me olhou com um olhar fulminante, em seguida deu um leve tapinha no ombro de Mosley e saiu andando

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Senti o desconforto de Thomas, ele apenas me olhou com um olhar fulminante, em seguida deu um leve tapinha no ombro de Mosley e saiu andando. Automaticamente, Oswald foi atrás de Tommy me deixando sozinha, então segui para o andar de cima a fim de encontrar as mulheres que estavam todas reunidas no quarto de Polly, menos é claro, a Lizzie.

- O que estão aprontando meninas? - Perguntei entrando e logo depois encostando a porta.

- Estamos vendo nossas roupas para hoje a noite. - Linda respondeu.

- Não acho nenhuma graça no ano novo, sempre fazemos promessas e não cumprimos nenhuma delas, nada muda. - Disse Esme revirando os olhos.

- Por que sempre tem que ser tão mau humorada Esme? Alegre-se! É ano novo! - Polly a repreendeu.

- John sempre diz que vamos morar em uma casa de campo, só nós dois e nossos filhos e ainda continua nessa vida de gângster. - Resmungou Esme.

- Eu e Arthur estamos na mesma situação, só me vem com promessas vagas, minha vontade as vezes é deixá-lo.- Linda completou chocando a todas.

- Graças aos céus que não tenho esses problema com Michael, estou feliz com meu casamento e o meu bebê. - Gina disse retocando sua maquiagem no espelho.

- Falou a mulher que só reclamava por não estar em Nova York, não há mais motivos para agir com hipocrisia. - Ada respondeu com sua língua afiada fazendo com que eu e Polly déssemos uma risada baixa.

- Meninas, vocês estão casadas com Shelby's, já deveriam ter acostumado. Essa é a vida deles e eles não vão deixar isso daqui por nada, nem por vocês. - Eu afirmei enquanto segurava na mão de Polly.

- E você Anastácia? Soube que as coisas estão progredindo com o parlamentar. - Gina cruzou suas pernas e relaxou sua coluna na cadeira.

- Estamos bem do jeito que estamos, Mosley não é esse monstro que vocês dizem ser. - Fitei meus olhos em Ada enquanto falava e a mesma bufou.

- Isso só dura até o Thomas dizer que acabou, querida. Não se anime muito. - Ada resmungou e logo saiu do quarto.

Assim que Ada retirou-se no cômodo Thomas apareceu na porta com uma cara não muito satisfatória e chamou Polly para que ela o acompanhasse, a mesma obedeceu pedindo licença, dei por mim que eles estavam tramando alguma coisa. Esperei Polly sair e então sai atrás, em curtos e silencioso passos os segui, eles adentraram o escritório de Thomas juntamente com Aberama, Strong, Dogs, Arthur e John. Fiquei a espreita na porta tentando ouvir o que eles estavam dizendo, eu sentia que algo de ruim iria acontecer, um aperto no peito iniciou-se dentro de mim.

- Nós vamos matar o Mosley, amanhã, no seu discurso. - Disse Thomas em um tom de voz baixo.

Naquele momento meu coração praticamente saiu pela boca, corri em direção a sala, desci as escadas rapidamente e me sentei no sofá, por que Thomas iria querer matar Mosley logo agora? Eu estava me dando tão bem com ele, estava tudo fluindo como eu queria, eu estava feliz apesar de não ser nada sério. Vi que eles já estavam saindo do escritório, me recompus e ergui minha cabeça, não podia deixar que Thomas desconfiasse que eu sabia de seus planos.

Arthur olhou diretamente para dentro de meus olhos, aquilo me fez ficar com medo, como se ele soubesse que eu sabia. Arthur era os músculo de Thomas, ele ficava na parte da ação. Sei que Arthur me amava como uma irmã, mas se fosse para defender sua família o homem seria capaz de qualquer coisa. Então para disfarçar, fui até Thomas e seus irmãos e decidi lhes fazer um convite, afinal, ainda era véspera de ano novo.

- Meninos, que tal irmos até a beira do lago, era o nosso lugar preferido. Preciso relembrar dos velhos tempos. - Sorri como se nada estivesse acontecendo, mas por dentro estava dilacerada. - Costumávamos ir nas vésperas de todos os novos anos.

- Por mim tudo bem, vamos. - John respondeu com seus braços cruzados, Arthur e Thomas apenas balançaram a cabeça assentindo.

Entrelacei meu braço canhoto no braço de Thomas e o destro no de Arthur, John veio seguindo atrás para chamar Finn.
Finn apesar de ser jovem conseguiu participar por alguns anos de todo esse relacionamento que eu mantinha com os três, ele era como meu irmão caçula também. Caminhamos até o carro de Thomas e adentramos no mesmo, Arthur é quem estava na responsabilidade de nos levar até o local, então ele ligou o veículo e pisou no acelerador, por fim, nós cinco partimos para o famoso e estimado por nós, lago de Birmingham.

✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas ShelbyWhere stories live. Discover now