18. A MINHA CHANCE

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10 meses depois

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10 meses depois...

Já havia se passado dez meses desde que tinha saído da casa de Thomas, em New York era tudo completamente diferente, os costumes principalmente. Não demorei muito para me acomodar a cidade, havia conseguido um trabalho em um pequeno pub no centro da cidade. Com o dinheiro que Polly havia me dado, consegui comprar um apartamento não muito grande para morar, estava tudo tranquilo, em paz. Eu mandava cartas para Polly entretanto a mais velha não retornava nenhuma delas, o que a cada dia me deixava mais apreensiva e preocupada. Pelo incrível que pareça eu estava feliz longe de Thomas, até mesmo conheci um homem, dono de uma empresa importante no ramo de bebidas. Com os dias passando comecei a sentir sintomas específicos que me fez duvidar de uma gravidez mas, por mais que isso fosse dádiva, não era a hora, eu não queria aquilo para a minha vida.

Lá estava eu, varrendo o chão do pub e servindo bebidas para homens e mulheres na grande festa que acontecia no local. Um dos garçons que me ajudava sempre me alertava sobre as festas que aconteciam no local, sobre tudo de ruim que rolava lá: Bebidas, drogas, prostituição e por ai vai. Um menino que era, aparentemente russo, adentrou ao local correndo e veio em minha direção, naquele momento perdi o fôlego, só poderia ser alguma notícia ruim.

- Você é Anastácia Gray? - A criança perguntou.

- Sou sim, por quê? - Questionei deixando a vassoura que estava em minhas mãos de lado.

O garoto não respondeu a pergunta e logo me puxou pelo pulso para fora do PUB. Eu não estava entendendo a situação mas tudo ficou claro quando vi um homem de casaco e terno preto com uma boina em sua cabeça, o pesadelo tinha voltado, era Thomas.

- Thomas? - Disse assustada.

- Ana! - O homem deu uma nota de dinheiro ao menino que ficou contente. - Quanto tempo. - Ele acendeu o seu cigarro.

- O que faz aqui? Você não pode estar aqui, é Nova York!

- Eu precisava te trazer uma notícia grave, pessoalmente. - Ele falava com a cabeça baixa, tragando o cigarro. - Eles foram presos, foram todos presos, eu estou sozinho Ana.

Paralisei por um curto momento, sem saber o que falar, como ele havia deixado aquilo acontecer? Como ele deixou a situação se agravar daquela forma.

- Thomas eu não entendo, eu não posso fazer nada a respeito dessa situação.

- É, você não pode. Eu tenho dois filhos agora, uma esposa que precisa de mim e estou aqui em Nova York atrás de uma pessoa que não pode resolver meus problemas.

- Onde você quer chegar com isso?

Antes que ele tivesse a oportunidade de responder a pergunta, Nicolas se aproximou de mim, me agarrando por minha cintura e entregando um beijo logo em seguida em meu pescoço.

- Aqui está você, a dama da noite. Está belíssima mesmo com a roupa de trabalho Ana. - O empresário disse enquanto analisava a reação de Thomas.

- Obrigada querido, agora entre por favor. - Disse e ele acatou.

Assim que Nicolas entrou para o PUB, Thomas deu uma risada de canto e jogou seu cigarro no chão, pisando no mesmo.

- Como a vida dá voltas, depois de anos parece que te perdi de vez.

- Infelizmente você não soube aproveitar o tempo em que estive ao seu lado Tommy, Nick é um bom homem, me faz feliz, além do mais eu posso estar grávida. Preciso ir agora, tenho coisas à fazer.

Thomas se manteve em silêncio todo o tempo em que eu falava, então apenas dei de ombros e voltei para dentro do pequeno PUB novamente.

Eu tentei ser o máximo possível fria com Thomas e eu realmente estava feliz, essa nossa fase da minha vida estava sendo magnífica e eu não podia deixar os problemas e confusões da família Shelby atrapalhar tudo que eu havia conquistado, não era justo, aquela era a minha hora de ser feliz.

Assim que avistei Nicolas sentado em uma mesa com seus amigos sentei-me ao lado dele e o mesmo começou a me apresentar para cada um daqueles homens. Todos bem vestidos, trajados como se fossem soberanos, era notório a quantidade de ouro que eles e suas mulheres esbanjavam. Eu realmente não me importava com a grana, eu estava bem, estava tranquila.

✓ ESPELHOS QUEBRADOS | Thomas ShelbyWhere stories live. Discover now