Boa leitura!
Jorge Blanco
As lágrimas rolam soltas enquanto faço o caminho de volta ao hotel. Estou me sentindo traído, insuficiente e o pior de tudo: idiota!
Me sinto um idiota por ter dedicado dez anos da minha vida por alguém que não merece nem um ano sequer. Eu sabia que não devia ter dado uma chance para a nossa relação a partir do momento em que ela disse estar confusa sobre tudo.
É claro que ela ainda ama o Jonathan. Sempre foi assim! O que me deixa triste é ela não entender que esse cara destrói cada pedacinho dela. Cada momento junto a ela, um pedaço se desfaz. A Martina e toda mulher merece um homem que a ame com cada batida de seu coração.
E não um homem que humilha, grita, bate, xinga, desvaloriza a sua parceira. E esse é o Jonathan. Talvez ela esteja apegada nos momentos bons (pouquíssimos) que não se comparam com os ruins.
Mas eu cansei! Vou aceitar o convite da minha mãe.
Quando eu falei com ela hoje de manhã ela me pediu uma ajuda em uma das suas empresas localizada em Seattle. Eu sei, é muito longe do Brasil, mas talvez seja exatamente isso que eu preciso.
Me desligar dessa realidade e viver algo novo. Uma vida sem conviver com Martina Stoessel.
Ao chegar no hotel organizo minhas coisas e ligo para a minha mãe, confirmando seu convite e imediatamente compro uma passagem para segunda-feira. Quero sair o mais rápido possível daqui.
No domingo eu ligo para a Rita, minha chefe e explico sobre a vaga que recebi. Ela, sendo uma mulher incrível, se orgulha muito e aceita a demissão da melhor forma possível para mim.
Recebo muitas ligações da Martina, mas bloqueio o seu número, impedindo-a de me ligar novamente e até mesmo mandar mensagens no aplicativo.
Passo o domingo me ocupando com as malas, documentos e com a visita da minha mãe. Ela vai comigo para Seattle, mas por pouco tempo, logo ela volta para o Brasil e eu toco a sua empresa por lá.
Continua
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Laços de Amizade
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