Capítulo 56

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Boa leitura!

Martina Stoessel

- Você não está dizendo isso para mim.- nego exasperada.- Está? É sério isso Jorge?- exlamo indignada.

- Tini, por favor.- suspira, repensando suas palavras.

- Chega! Quem está cansada sou eu. Quer saber?- me viro para a Sofia que está tentando esconder um sorrisinho.- Faça bom proveito. Ele é todo seu.

- O quê?- Jorge se assusta.- Como assim Martina? Não precisa disso. Já passou. Sofia, pode se retirar?- perfunta exasperado e a Vivian chega.

- O que está acontecendo aqui?

- Nada Vivian. Eu já estou de saída mesmo.- digo, indo atrás das minhas coisas.

- Como assim querida?

- Martina, amor, fica por favor?- Jorge implora, com lágrimas nos olhos.

- O que você fez seu idiota?- bate em seu braço e ele não diz nada, só derrama as lágrimas.- Foi você né?- Vivian se vira para a Sofia que assistia tudo.- Pois saiba que na minha empresa você não pisa mais. Você não tem escrúpulos, é uma mulher de quinta categoria, a mais baixa por tentar jogar joguinhos com o meu filho. Eu sempre soube como você era, mas demorei a tomar uma atitude por amor ao meu filho, mas percebi que ele é muito frouxo para essa situação. Eu quero você fora daqui.- grita e ela se assusta.

- Querem saber?- Sofia se pronuncia.- Eu te amei sim, Jorge. Amo, na verdade. Eu tentei fazer você se apaixonar por mim da forma tranquila, mas tive que apelar para o conseguir. Estou saindo de cabeça erguida e orgulhosa, pois saibam que ela,- aponta para mim.- Não ficará com ele. Bye.- sorri maliciosa e sai da sala.

- Eu estou extremamente decepcionada, Jorge. Você entende o que todos estavam dizendo? Precisou correr o risco de perder o seu grande amor por um mulher qualquer?- Vivian começa a discutir com ele, que está em choque, apenas com lágrimas nos olhos.

- Eu vou deixar vocês a sós.- forço um sorriso e me aproximo da porta, mas sinto a mão dele me segurar.

- Não vai embora ainda, por favor. Eu te imploro, Martina. Posso me ajoelhar aqui se for preciso.- seus olhos estão tristes e o meu coração se parte.

- Eu não vou.- conforto-o e ele assente, me liberando.

Os dois ficam por uns quinze minutos lá na sala do Jorge e depois a Vivian sai, limpando as lágrimas e me vê.

- Eu sinto muito por isso, querida. Eu vim pedir para você pensar bem antes de tomar uma decisão concreta. Eu mandaria ele para o Brasil, mas eu ainda preciso dele. Fui lesionada aqui e eu confio apenas nele agora para me ajudar. Eu sinto muito por causar isso entre vocês.

- Não Vivian, a culpa não é sua.- entrelaço nossas mãos.- Eu e o Jorge somos responsáveis por nossas decisões, apenas nós mesmos. Vai dar tudo certo! Eu já pensei e tomei uma decisão.- sorrio amigavelmente e ela assente.

- Independente de tudo, eu te amo Martina. Amo como se fosse minha filha de verdade. Eu sempre confiei em você e soube o bem que traz ao meu filho. Muito obrigada por cuidar dele.- nos abraçamos e ficamos ali, apenas deixando que todo o amor agisse por nós. Eu sempre amei a Vivian e a considerei como minha mãe.

Após uns minutos nos separamos e eu vou até a sala do Jorge. Respiro fundo e bato a porta antes de entrar. Ele está sentado com o rosto entre as mãos e não se levanta para me ver.

Caminho até ele e tiro as mãos de seu rosto. Seu olhar trava no meu e eu preciso ser firme para dizer tudo o que tenho guardado aqui. Eu preciso.

Continua
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