— O que acham se fôssemos dar uma volta pela academia? Explorar um pouco. — sugeri.
Eles se entreolharam, Beyhan e Erdogan concordaram.
— Me-meu irmão disse que aqui não gostam dos bisbilhoteiros.
— Nós não vamos bisbilhotar, só vamos... Dar uma volta. Topa ou não?
Medroso! Ficou pensando por segundos.
— Está bem. Va-va-vamos. — todos deram os últimos goles nas suas bebidas e partimos.
Ao sair do refeitório, encontrava-se um pequeno corredor com duas saídas, uma à esquerda e outra à direita. Beyhan sugeriu que fôssemos pela direita, eram ainda 11 horas, então tínhamos mais quatro horas para vistoriar o máximo possível antes da aula de Demostração. Saimos no fim do corredor e aparecemos no centro no átrio, no lado direito estava a porta de entrada. A esquerda estavam os degraus que levavam para o andar de cima, uma escada para a direita outra para à esquerda. Lá ficavam os dormitórios, todo o rés do chão era constituído por salas, a saber, o refeitório, a sala de educação física, e mais outras salas que descartamos a vistoria por hora. Subimos as escadas enquanto admiravamos os balaústres, lustres, a decoração antiga. Nos encontrávamos no final dos degraus, à frente tinha um corredor, que provavelmente levava aos dormitórios, à esquerda uma única porta tanto como à direita. Corri até a porta da direita.
— Ei, vo-volte aqui. — sussurou o menino dos... Osman. — aí diz para não entrar.
— Eu sei ler, se ninguém pode entrar então por que tem pegadas aqui? — falei baixinho.
— Não questione, volte aqui, eu não vou ser castigada logo no segundo dia por sua causa. — Beyhan falou temerosa. — Essas pegadas devem ser da faxineira.
Dei de ombros e seguimos caminho, mas antes de irmos para o corredor voltei para espreitar a porta do outro lado e Beyhan me puxou pelo braço. Ficamos espreitando pelas portas todas do corredor, eram dormitórios masculinos, no final tinha outro corredor que fazia o cruzamento da cruz, porém à frente era barrada por uma porta, em cima dizia ser a área feminina. Pela esquerda e direita era a área dos rapazes.
— Olhem, tem uma escada ali. Para onde vai dar? — perguntou Erdogan.
— Para o terceiro andar. — respondi olhando. — Vamos.
— Por Decimus, se formos pegos vamos ser castigados. — Beyhan insistiu a olhar em volta. — Você não tem nenhum senso de perigo, não é mesmo?
— E-eu não quero ser castigado. — disse Osman temeroso. — Os castigos daqui s-são terríveis.
— E vocês não têm nenhum senso de aventura. — retruquei. — E não tem nada que possa ser mais terrível que o sol ou uma estaca no coração para você.
— Ela tem razão. — Erdogan concordou. — É só uma vista de olhos.
— Viram? — falei e bati na mão dele.
— Vocês são os dois inconsequentes isso sim. — falou Beyhan levando a mão a cabeça.
— Ei, o que estão fazendo aqui? Voltem para o refeitório. — um dos monitores vinha na nossa direção. Aproveitamos a deixa e saímos "voando" dali para o refeitório. No entanto, algo me chamou atenção na passagem de volta. Ouvi o barulho de madeira a escancarar, como quando alguém pisa num chão de madeira e, outra coisa foi que tive a impressão de ter sentido uma brisa quente tocar a minha pele. Isso era outra coisa estranha em mim que eu nunca compreendi, o meu corpo era tanto frio como quente. Chegamos ao refeitório, começava a ficar cada vez com menos pessoas. Faltava pouco para o horário da primeira aula, então todo mundo se dirigia antecipadamente para o campo.
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ARCONTES - Livro 2
FantasyDe geração em geração, desde que foram criados, os Vampiros evoluíram, dando origem, assim, a novas raças da espécie, cada uma diferente da outra, desde a personalidade até as habilidades particulares. Na Academia Decimulus de Londres, onde os...