5- A Sala Proibida

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Depois da "apresentação" com o Gemini Idiota saí ao encontro dos meus amigos. Eram ainda 17h, fomos até a biblioteca pegar os livros referentes aos tipos de sangue, peguei três diferentes.

— Então, como foi com o vosso Gemini? — Beyhan quis saber enquanto reparava o conteúdo do livro.

— O meu é um tremendo idiota mandão. — Falei deliberadamente.

— Pela cara dele quando voltou para aqui, me pareceu que você tirou ele do sério.

— Eu não fiz nada demais, ele é que é muito mimoso.

— Mimoso? — Incitou.

— É, e resmungão também.

Ela riu.

— A minha Gemini como disse uuuu, é uma deusa. — falou Erdogan. — Muito simpática, meiga, acho que já estou apaixonado. 

— Por Decimus! — Exclamou Beyhan sorridente. — A minha também é  muito simpática e bem paciente. E você, Osman?

— Ela disse que eu tenho os olhos bonitos. — falou o garoto corado com o mesmo sorriso bobo.

— Sobre isso ela não mentiu. — falei. — Pelos vistos todos ganharam na loteria menos eu. Eu preciso estudar, tenho aula às cinco da manhã, ainda quero esganar aquele miúdo.

— Tem certeza que é isso que quer fazer? — indagou Beyhan.

— O que está insinuando, menina?

— Não estou insinuando nada.

— Melhor mesmo. — sorri, dei um beijo a cada um e fomos para os nossos dormitórios.

          No processo da caminhada, vi os olhos desdenhados do clube de Akasma e Cesur. Ignorei e continuei com os outros, e para a minha surpresa, o dormitório da patricinha era precisamente à frente do meu.

— Então é esse o seu dormitório. — observou Akasma. Soltei a maçaneta permanecendo calada. — Espero que os dentes cresçam durante essa noite.

        Abri a porta e bati à atrás de mim ouvindo os risinhos dela e de suas amigas do outro lado.

— Você tem que se esforçar muito para desenvolver logo a sua habilidade e ganhar os caninos, senão isso vai continuar. — Sugeriu Sema sentada na cama. — E só vai te afetar cada vez mais.

    Joguei os livros na cama e guardei a adaga na última gaveta.

— É, tem razão. Obrigada! — tirei os tênis, peguei uma garrafinha de sangue, o caderno da mochila e sentei na cama. — Já passou por isso?

— Algo similar.

— E o que fez para não se deixar abalar?

— Não fiz nada.

— Por quê?

    Ela guardou os cadernos e livros que estavam sobre a sua cama e deitou.

— Por que não consegui não ficar abalada. — Deitou e se cobriu com os lençóis depois de colocar os fones. — Boa noite, Aylla.

— Boa noite, Sema. — respondi.

         Fiquei estudando ao passo que bebia o líquido da garrafa. Agrupar os tipos de sangue foi simples, no entanto, levou um tempo: o sangue do grupo A era o mais simples de todos, nos dava o brilho na pele e a tornava mais macia e lisa, já o tipo B faz com que as nossas células permaneçam jovens. O AB é o que nos proporciona a força abrupta e não desgaste, no entanto o tipo O nos dá tudo o que os outros tipos proporcionam e mais. Por isso, para manter a dieta estável, um vampiro deve consumir durante o dia todos eles. O tipo O é o maios raro de se encontrar por ser "Doador Universal", por esta razão temos pouco desse sangue e se faz a mistura dos três outros tipos para ser consumido de uma só vez. Ao longo dos séculos muitos vampiros tiveram que se formar profissionalmente na área da medicina, por esta razão temos numerosos médicos e enfermeiros por todos os hospitais, assim temos facilidade na aquisição do sangue.

ARCONTES - Livro 2Where stories live. Discover now