Capítulo 11: Pontas Afiadas

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CAPÍTULO 11 – Pontas Afiadas

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CAPÍTULO 11 – Pontas Afiadas.

[...]

— Onde e com quem você estava na noite do crime? — Detetive Trevor Gauthier iniciava mais um trabalho, desta vez, questionando Camille Belmont.

A manhã estava chuvosa e gelada, o que geralmente justificaria os pelos castanhos eriçados dos braços de Belmont, que tremia por todo o corpo.

— Quando cheguei, fiquei conversando com Ryan e Lauren a maior parte do tempo do baile. Um tempo depois, Ryan saiu e só ficamos eu e Lauren sentadas em uma das mesas do salão.

— E o que a madame estava fazendo naquele momento?

— Ah, não me lembre, detetive! O que eu estava fazendo é o de menos... — Camille posicionou a mão sob o queixo, cabisbaixa. — Perdi um dos lados dos meus brincos logo após Ryan ter se levantado da mesa. A tarracha soltou-se da argola e aí pulou da minha orelha, juro que não sei como. A joia era um verdadeiro patrimônio! Nunca havia usado antes. Não me perdoo por tê-la perdido!

— E depois?

— E depois, Lauren me ajudou a procurá-lo, mas não conseguimos achar. Entrei em pânico e comecei a fuçar todo o salão... o que era impossível. Havia gente por todos os lados. Então fui pedir a ajuda de Delilah para que ela me ajudasse a procurar, e foi quando comecei a ouvir barulhos de tiros.

— Certo. Se não se importa, Miss Belmont, poderia descrever a joia para mim? — solicitou o homem. — Ou melhor, teria a parte restante consigo agora?

— Sim, é claro... está comigo. — Camille puxou o fecho ecler de sua bolsa e a remexeu até encontrar o brinco. — Aqui. É de rubi de verdade.

Detetive Gauthier o segurou com a ponta do indicador e do polegar e ficou analisando a peça por um tempo. Uma pequeno - embora chamativo - berloque de rubi enfeitado e rodeado de ouro branco.

— Muito belo, de fato, madame. Saberia o valor um par desse?

— Uma fortuna, tenho certeza!

Ele balançou a cabeça, em concordância.

— Acredito que brincos não caem por acidente da orelha de alguém. Ainda mais um de qualidade e custo tão caro... Isso é precioso demais, madame. Jóias bem-feitas como essa não simplesmente caem de repente.

— Ora, então lhe garanto que o meu caso foi uma exceção! Digo, com certeza o brinco caiu... eu senti!

— Observe, Miss Belmont — O detetive inseriu a tarracha na ponta afiada e firme do brinco e o balançou. — Vê? Não cai. É impossível uma jóia desse porte ter se soltado sozinha.

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