⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀Em meio a uma viagem para Cannes, Delilah Danvers e seu grupo de amigos são convidados para um baile de máscaras por meio de cartas assinadas por um indivíduo anônimo.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀A festa parece correr muito bem, até que, quando um assassinato a...
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CAPÍTULO 14 – Últimos Interrogatórios
Ryan Moreau entrou no pequeno escritório onde Gauthier o aguardava.
— O monsieur é Ryan Moreau? — o detetive tomou frente.
— Sim, senhor.
Apesar de seu porte pouco robusto, Ryan chamava a atenção de qualquer um por sua beleza e polidez. O detetive fitou a grande cicatriz em seu queixo, questionando-se como o rapaz teria conseguido algo assim. Era uma fina, embora notável, linha ao lado da ponta do nariz que ia até o queixo. Não parecia estar ali há mais de dois anos.
— Me fale sobre Lisa Castillo.
— Lisa? Bem... ela era... — Ryan coçou a cabeça. — uma moça complicada.
— Complicada?
— Era problemática como o diabo... mas agia como qualquer pessoa saudável. A verdade é que a asma destruiu Lisa. O relacionamento que ela tinha com Joshua a fez piorar. Lisa era doente, e não porque possuía diagnósticos. Era doente porque precisava de ajuda.
— Descreva o que aconteceu na noite do baile, Mr. Moreau, por obséquio, com detalhes.
— Hã... Veja, eu não me lembro bem. Estava conversando com Camille e Lauren e então saí, procurando pela cozinha, buscando algo para beber. Era impossível achar um garçom sequer no meio daquele amontoado de pessoas.
— E quando ouviu os tiros? Onde o monsieur estava?
— Ainda estava na cozinha.
— Você percebeu algo fora do comum?
— Não — disse Ryan, que logo mudou de ideia. — Na verdade, sim, senhor, percebi. Delilah estava estranha. Parecia que esperava por algo ou alguém. Estava bem nervosa, foi o que eu percebi. É fácil saber quando Delilah está nervosa, senhor. Ela sempre leva consigo um pequeno lenço cor de rosa para caso as mãos comecem a suar. A vi com o lenço antes de chegarmos ao Boulevard. Mas jamais suspeitaria que ela tenha matado Lisa. Delilah é um tanto quanto ignorante, mas boa pessoa. Uma característica bastante inglesa de sua parte.
— E o senhor suspeita de alguém, Mr. Moreau?
— Acho que todos suspeitamos, não é? — ele disse em voz baixa. — Desconfio um pouco de Devon.
— E por quê?
— Devon tinha motivos. Nunca gostou da presença de Lisa e... o senhor sabe. Outros assuntos particulares.
— Não, não sei, Mr. Moreau. Explique.
— Ah! Isso o senhor terá que perguntar à ela. Não é de bom tom espalhar boatos.
