Capítulo 04

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- Caramba, Thomas - Berrei ao celular com o meu ex-namorado antes mesmo do meu próprio despertador me acordar. Ainda eram 06:30 da manhã. Eu havia colocado meu alarme para 07:00 - você não entende? Não interessa se vai falar que eu sou a mulher da sua vida, que se arrepende, que será melhor...eu fiquei deprimida por sua causa, minhas olheiras ainda não sumiram ainda por causa de você e a culpa É TODA SUA, seu metido, egoísta e irresponsável!

Senti meu coração acelerar, minhas mãos e pernas moles e tremendo e meu estômago enjoado, imitando as outras vezes em que estive muito estressada e brigando com outra pessoa.

- Charlotte, eu sei que errei e prometo ser uma pessoa melhor, prometo! - ele insistiu, com aquela voz que me fez desistir de estropiar ele verbalmente por tantas e tantas vezes.

- Seja uma pessoa melhor para a próxima vítima, eu imploro! Porque eu não aceito nenhum tipo de contato, nunca mais! Está me entendendo? Eu chamo a polícia, digo que um maníaco metido a gostoso está me perseguindo pois não têm capacidade de aceitar um "não". Sei que não leva muitos "nãos" porque sua família é rica, mas não dou a mínima para o anelzinho nojento de 5 mil reais que me deu, porque se queria substituir sua ausência de maturidade, amor e fidelidade, está enganado. Passe muito bem - desliguei o celular sem que ele pudesse se defender contra qualquer coisa, percebendo que já estava na hora de me trocar e ir para minha faculdade. Meia hora de sono perdida. Poderia estar assaltando um banco, eu sei lá.

3 meses já havia se passado de faculdade, com a Alice me atormentando em todas as aulas e eu fingindo não ter bastante conhecimento e interesse nas aulas e no meu professor Adam, que insistia em continuar me perguntando sobre os livros no meio da aula, já que ninguém lia tanto quanto eu. Mas, algumas vezes, alguma pessoa tomava a iniciativa é citava algum, para o meu alívio. A aula que eu podia produzir textos eram as melhores, pois aprendia a argumentar, descrever e desenvolver um estilo próprio, por mais que parecesse melancólico naquele momento.

Me levantei daquela minha droga de cama, com um mau humor absurdo, pois odiava ser acordada antes de horário marcado por motivos inconvenientes. O Thomas não tinha direito de ligar para mim para pedir absolutamente nada, já que me desprezou e eu acreditava fielmente que havia me traído com uma tal de Cassandra, uma colega de trabalho. Ele era um daqueles pobres esnobes, que gasta com coisas que não tem como pagar e ainda esnoba outras pessoas na mesma situação. Eu e minha família não éramos ricos, embora tivéssemos mais do que o essencial, não chegávamos nem a ser uma classe de média.

Cheguei na faculdade já não muito bem humorada e, a caminho da minha sala, vi o Adam conversando com o diretor outra vez. Ele sempre estava conversando com o diretor, poucas vezes o vi conversando com outros professores...sei disso porque tenho o costume de olhar quando o mesmo não está olhando para mim, porque queria seguir o conselho que minha irmã havia me dado de não dar muita bola para ele. Mas não achava que Adam era o tipo de tarado que dava em cima da das mulheres, na verdade era bem sério e costumava me sentir bem intimidada na sua presença.

Cheguei na sala uns 15 minutos antes, e pude ver Alice sentada em uma cadeira conversando com dois rapazes que costumavam sentar no final da fila ao redor da mesma. Admirava a capacidade dela de chegar em homens, porque eu morria de vergonha. Arthur Daves a olhava freneticamente, como se quisesse dar um um beijo nela ali mesmo, na frente de todos.

- Olha ela aí! - ela se virou, assim que ouviu uma agitação vinda de uma pessoa chamada Charlotte, eu, na cadeira perto dela - vem cá. Vou te apresentar os meninos : Arthur e Luke.

- Olá - tentei sorrir, sentindo meu rosto vermelho, enquanto ela me puxava para a roda de futuros pretendentes. Queria que os quinze minutos passassem voando, porque realmente não queria - sou a Charlotte.

Prof DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora