Capítulo 14

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Acordei no outro dia com o Adam me abraçando por trás, com os dois pés por cima dos meu também. Estava tão confortável e quentinho estar ali, com ele, o ar-condicionado ligado e o edredom por cima de nós que eu desejei poder congelar aquele momento pelos próximos 2 anos.

- Bom dia, bela adormecida - ele me apertou ainda mais, dando um beijo do meu pescoço - dormiu agradavelmente?

Como nunca.

- Sim - respondi, me virando de frente para ele, ainda com meus olhos fechados e colados de tanto dormir - e você?

- Muito melhor - ele virou de barriga para cima e virou toda a cabeça para mim - você fica tão bonitinha assim que acorda.

Dei um sorriso.

Meu celular tocou na sala e, na mesma hora, me dei conta de que meus pais já deveriam ter chamado todo o batalhão americano por eu não ter voltado para casa

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Meu celular tocou na sala e, na mesma hora, me dei conta de que meus pais já deveriam ter chamado todo o batalhão americano por eu não ter voltado para casa.

- Quer que eu vá buscar? - Adam perguntou, mas eu já estava de pé enrolada no lençol que estava embaixo do travesseiro e quase voando para atender sei lá quem fosse. Era Martina.

- Meu Deus, sua maluca! Onde está? - ela estava quase berrando, com uma voz de choro.

- No apartamento do Adam! - respondi, sentindo remorso pela preocupação.

- Poderia pelo menos ter avisado, né? Estava quase avisando aos nossos pais. Achava que tinha sido sequestrada. Que sortuda! Eles saíram ontem para o cinema e voltaram cansados demais, tanto é que ainda nem mesmo acordaram! Vem logo para cá antes que descubram que você dormiu aí. Sua ridícula.

- Não precisa me agredir! - bufei, olhando para o quarto onde Adam ouvia a conversa ainda deitado e rindo.

- Usaram uma camisinha? Não estou pronta para ser titia.

- Tchau, Martina - desliguei o celular, andando até o quarto dele. Me lembrei do garçom achando que o Adam era meu tio, meu Deus.. - vou ter que ir.

- Você está encrencada? - ele perguntou, preocupado - eu posso conversar com seu pais.

- Desculpe, passou a madrugada tragando maconha? - perguntei, só para conferir se era aquilo ou ele estava brincando mesmo.

- Minha maconha é você - ele deu uma piscadela e depois ficou rindo - é sério, posso falar com eles.

- Não, você pode é me levar até em casa, porque tenho poucos minutos até meus cafetões acordarem.

- Seu pais são bons.

- Sim, eles são, mas vão fazer da minha vida um inferno - disse, puxando o edredom dele.

- Calma, estou sem roupa. Mais respeito, por favor, não quero que me veja nu - ele fez outra gracinha, se levantando rapidamente para escapar do tapão forte que eu ia dando nas costas dele.

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Bati devagar na porta de trás, pois fazia menos barulho. Martina a abriu devagar,me dando um empurrão de leve para dentro de casa.

- Já passou tempo o bastante com ela não? - ela resmungou, com ciúme do Adam - entra logo. E você, Charlie, suba para tomar um banho enquanto eu falo com o seu namorado.

- Oxe, virou general desde quando? - zombei, mas parei quando vi seus olhos inchados e seus cabelos assanhados e pretinhos - estou indo.

Olhei para Adam, mas ele falou um tudo bem baixinho e eu subi as escadas para o banheiro, mesmo que estivesse morrendo de medo do que Martina poderia falar para ele ou que explicação daria aos meus pais.

Adam

- Eu sei que não preciso me envolver em questões íntimas de vocês dois - Martina começou a falar, logo quando a Charlotte entrou no banheiro após pegar a toalha no quarto - porém se eu souber que você machucou ela, magoou ela, trocou ela, eu vou te dar um chute tão grande no seu saco que você nunca vai poder usá-lo outra vez! Tá me entendendo? Eu sei que pareço ser uma bocó que brinca por tudo, mas se está se envolvendo com a minha irmã a ponto de levar ela para dormir na sua casa, saiba que é bom andar na porra da linha.

Arregalei os olhos, surpreso e assustado com a mudança de personalidade da irmã da Charlie. O que era aquilo?

- Martina - respondi à altura, sem perder a calma - me desculpe se ela não avisou, mas não lembramos, simplismente aconteceu. Se quer saber, estou sim muito envolvido com a sua irmã e saiba que não tenho um mínimo interesse em magoá-la.

- É bom - ela não deu por vencida - e é bom também que tenham se prevenido, porque se ela aparecer vomitando ou enjoada daqui a alguns dias, sou capaz de perseguir você.

Meu coração acelerou. A Charlie, grávida? Não, ela não podia engravidar, não quando ainda estava no começo da faculdade. Eu com certeza não seria o responsável por atrapalhar os planos dela.

- Eu tive o cuidado - fiquei vermelho, por ter de comentar aqueles assuntos. Tinha sido a nossa vida, nossa intimidade e eu não precisava ficar ali. Mas sabia que o motivo de todo aquele questionamento era, na verdade, o namorado babaca do Thomas - não vou causar nenhum dano a ela, Martina. Charlotte é uma mulher bem resolvida.

- Eu sei - ela se acalmou um pouco mais - é só que eu preciso ainda confiar em você. Desculpe pela explosão, mas não retiro NADA do que eu falei.

- Eu vou ter cuidado.

- Fica difícil te dar fora com você sendo tão compreensivo.

Charlie desceu as escadas correndo, com os cabelos lavados e com uma expressão completamente ansiosa demais, olhando para mim e Martina.

- Cuidado para não escorregar - eu falei, a abraçando no final da escada.

- Chega, vou sair daqui antes que eu esqueça de vez o porquê de ter ficado puta com vocês.

Olhamos Martina sair da cozinha e logo subir a mesma escada que minha namorada havia passado. Quero dizer, minha quase namorada. Estávamos namorando?

- O que ela te falou? Não esconda nada - Charlie me perguntou, ainda me abraçando.

- Disse que eu não te magoasse, trocasse e que, se engravidasse, me perseguiria - contei.

- Se você engravidasse? - ela perguntou, fingindo estar confusa e gargalhou.

- Tou até enjoado já - brinquei, a beijando - Acho tou com desejo de comer vo..

- Adam! - a mãe da Charlie chamou, sorrindo, descendo as escadas e parecendo surpresa - já aqui? Como foi ontem?

Me tremi. Quase que ela ouviu o que eu ia falar.

- Foi maravilhoso - Charlie respondeu, nervosa.

- Que bom - Jolie deu um sorriso desconfiado, em razão do comportamento da filha - não quer almoçar aqui, querido? Falta ainda umas horas, mas pode ficar aqui com a Charlie.

Olhei para ela. Talvez ela tivesse algo melhor para fazer ou à noite anterior já bastasse. Não sabia. Charlotte sorriu e pegou a minha mão.

- Fico sim.

Prof DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora