Capítulo 16

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- Aquele seu amigo que jantou conosco é advogado? - perguntei, não por estar impressionada, mas por achar curioso.

- Sim - Adam respondeu, me levando para casa no carro dele. Praticamente toda a faculdade já desconfiava do nosso relacionamento, principalmente depois do escândalo que o embuste fez. Mas o Adam parecia não se importar. Ele queria que soubessem. Nós e minha família fomos na delegacia e demos queixa do Thomas semana passada, e, agora, precisávamos de um advogado - ele falou, mas você estava com ciúmes da Evie.

- Qual é o nome dele mesmo?

- Alexi - percebeu que havia evitado o nome da Evie, dando um sorriso convencido e fofo, mas sem parar de olhar para o trânsito na frente.

- Ah, é mesmo.

- Posso dizer para ele ir na sua casa hoje à noite?

- Ui, eu quero - brinquei, pensando se talvez não era uma brincadeira meio errada. Mas, olhando o olhar cético de Adam, percebi - foi brincadeira.

- Tudo bem - ele conseguiu dar uma risada fraca.

O olhei por alguns segundos, sem desviar os olhos. Ele suspirou, me olhando rapidamente e olhando para frente novamente.

- Desculpe, é só que não costumo ouvir brincadeiras assim. Eu..não gosto de destacar minha diferença de idade - explicou, ficando incomodado.

- Eu entendo, me desculpe - o assegurei. Compreendia que o fato de Adam ser quase duas décadas mais velho mudava muita coisa e provavelmente estranharia meu comportamento e minhas brincadeiras impulsivos - quer ir para o seu apartamento?

Ele sorriu misteriosamente, olhando-me com aqueles olhos brilhantes.

- Claro que quero.

O caminho para o prédio dele era mais curto do que para a minha casa, era apenas uns 5 minutos de carro. Já estava ficando com ansiedade de ficar com ele às sós, pois já se passaram dias desde que transamos. Após isso, praticamente só ouve discussão sobre a queixa, o advogado e brincadeiras em família, que, por bom sinal, o Adam já se encaixara. Mas queria privacidade.

- O elevador demora demais - reclamei, porque já demorara uns 5 minutos esperando o elevador sair do segundo andar. Quem estava entrando ali? A turma do Monstros S.A?

- Eu estou com medo de você - ele riu comentando, me dando trazendo junto ao seu corpo com um dos braços - calma.

Percebi que uma senhora estava ao nosso lado, nos olhando de modo estranho, como se tentasse entender a nossa relação.

- Bom dia, sr. Alicee- ele cumprimentou gentilmente,a olhando nos olhos.

- Adam querrido - ela tinha um sotaque francês bonito, mas provavelmente se achava mais jovem do que realmente era, com sua roupa curta e rosa. Mas estava bonita - está muito bonito hoje. Semprre está- ela passou por mim, me ignorando completamente.

- Esta é a Charlotte - Adam me mostrou a ela, com a palma da mão para cima.

- Orra, o que esta menina é sua? - ela quis provocar, falando um pouco alto, chamando a atenção de algumas outras pessoas.

Ah, não. Já estava cansada de intrometimento no meu relacionamento.

- Namorrada - falei, imitando com deboche aquele sotaque ridículo é forçado dela e conduzi o Adam até a escada. Quando o olhei, ele já havia rido tanto que estava vermelho, mas não percebi o seu estado antes porque estava com muita raiva.

- Foi engraçado - ele se justificou, enxugando as lágrimas e quase tropeçando em um degrau. Por que o mesmo tinha que morar no quinto andar? - a cara que fez.

- Pausa - chegamos ao terceiro andar e já estávamos arfando - tentei ser paciente com aquela velha, mas não quero gente intrometida se metendo.

- Shh, não fala sobre gente velha, nesse prédio a maioria é - ele instruiu, caindo na risada novamente - pegou pesado com ela viu Charlie.

Acabei rindo também, mas ainda estava pesada com aquela intromissão indevida.

- Ah, você vai ter que usar uma venda - ele falou.

- Andou assistindo 50 tons de cinza?

- Tenho uma surpresa - ele revirou um olhos, mas minha menção ao filme o causou uma expressão safada e intrigante/intrigado.

Logo após chegarmos finalmente ao 5 andar daquele prédio enorme de 6, Adam me mandou esperar do lado de fora para pegar uma máscara de sono, já que, segundo o pervertido, não tinha a venda de 50 tons de cinza.

- Adam, eu não quero fazer isso com uma coisa de borboleta no meu rosto - falei, sendo guiada por ele pela mão. Provavelmente ali era o quarto dele.

Logo após ter tirado, notei a diferença: o quarto era para duas pessoas. A cama tinha mais travesseiros, no canto estava uma poltrona média e confortável e estava cheio de flores e vasos de flores em todo ele. Mais pratos. Estava tudo tão lindo ali dentro.

- Não sei notou diferença, mas fiz isso para você - falou, timidamente - não quero que fique pressionada, mas quis mostrar que faz parte da minha vida.

Corri até ele e o beijei. Nunca recebi uma demonstração de afeto tão grande, nunca ninguém reparara que eu gostava de flores e,por isso, as cultivava em todos os lugares.

- Obrigada - falei, olhando-o. Não queria chorar, porém estava prestes.

- Você merece, namorada - ele quase gritou no final - desculpe,mas você falou
mesmo ou eu delirei?

- Falei. Sou sua namorada - respondi, o beijando e o conduzindo até a cama.

________________________❤️___

Depois de 2 horas e um par de camisinhas gastas, olhei para Adam ao meu lado. Não havíamos passado 2 horas transando, mas quando conversamos por durante umas meia hora após a primeira vez nos bateu uma vontade incontrolável de repetir.

- Nunca achei que seria tão difícil segurar você - Adam comentou, rindo.

Prof DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora