Capítulo 20

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- Adam, por que diabos você está me levando a uma farmácia? - questionei, depois de ter discutido com ele a volta toda para a casa da minha avó.

- Para pegar um teste - ele respondeu, buzinando para um homem que quase bateu no carro.

- Teste?

- De gravidez - estacionou o carro, me olhando depois. Ele pegou na minha mão e beijou a palma, carinhosamente- não é preocupe, é só uma coisa da minha cabeça. Mas preciso ter certeza que estou errado.

- Adam..

- Charlie, eu preciso ter certeza de que não está. Quero dizer, nos prevenimos, mas nenhum método é completamente garantido - ele me olhou com uma expressão que se esforçava para parecer tranquila- mas eu prometo que, independente do resultado, deixo bem claro que sei minhas responsabilidades.

- Vamos logo entrar nessa farmácia e fazer o teste - abri a porta do carro, querendo já estar com o teste em minhas mãos. Já imaginara até o que faria para continuar minha faculdade, meus pais me olhando com decepção, minha avó tendo um ataque cardíaco e como eu cuidaria de um bebê. Tudo isso enquanto Adam falava comigo.

Corri até o balcão, deixando Adam um pouco para trás e pedindo para o farmacêutico ( que eu sem sabia se era o responsável por procurar essas coisas) me dar um teste de gravidez rápido.

- Não quer pedir mais de um? Mais provável de ter um resultado efetivo- ele, o farmacêutico, me olhou com os olhos um pouco arregalados, em razão da crise de ansiedade que eu estava tendo.

Não falei nada, apenas olhei para o teto e me apoiei no balcão, vendo o mundo girar ao meu redor. Não sabia responder. Não queria responder. Só queria sumir dali e, por sorte, deixar de existir por uns 30 minutos.

- Pegue todos os possíveis, por favor, daqui a pouco voltamos para buscar - ele me pegou pelos braços. Não, eu queria fazer naquele momento - Charlie, venha.

Ele me puxou até o lado de fora e me colocou no banco que tinha no canto inferior da farmácia. Lágrimas já estavam escorrendo do meu rosto. Grávida?

- Charlie, olha, me escuta: nos prevenimos, Charlie. Meu Deus, estou me sentindo péssimo por ter te deixado nervosa - ele puxou meu queixo com o dedo, o obrigando a o olhar. Olhei ao redor. Ninguém estava olhando - e, se estiver mesmo grávida, eu nunca vou te deixar. Nunca. Eu prezo muito pela família, realmente não me importaria nem um pouco que estivesse grávida de gêmeos até, na verdade até faria questão porque gosto muito de crianças, mas estou pensando em você em primeiro lugar.

- Sinto muito por minha crise de ansiedade.

- Está se desculpando por ter ansiedade?

- Essa não é a primeira que vez que tenho uma crise por esse motivo, sabe? - perguntei, deixando ele enxugar minhas lágrimas com os dedos maiores e fazendo Adam curvar as sobrancelhas - o Thomas não se importou em usar nada, inclusive nem em tirar.

- Eu estou aqui para tudo o que precisar, viu? - continuou me consolando.

- Adam, e se eu estiver grávida? O que faremos? Não teria coragem de abortar esse bebê.

- Bem, vamos criar. Podemos nos casar, se você quiser. O que eu sei é que será o mais querido do mundo todo.

Me levantei, decidida.

- Estão prontos? - o farmacêutico percebeu que nós levantamos e sorriu, gentilmente - podem fazer naquele banheiro.

Peguei acho que uns 3 testes diferentes de diversas marcas, como ele havia orientado. Adam me levou até o banheiro e entrou comigo, olhando ao redor. Era até um pouco espaçoso.  

Depois que fiz, sentamos no chão, esperando o resultados dos testes. Adam segurava as minhas duas mãos, e meu coração acelerava..

Prof DaddyOnde as histórias ganham vida. Descobre agora