C a p í t u l o 12

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Senti meu corpo relaxado no carro, Shivani ao meu lado cantarolava em alto e bom som alguma música da "girl in red" a qual eu nem imaginava que ela conhecia a letra.

Já faziam uns minutos desde o nosso beijo, porém dessa vez o clima era leve, bom  de verdade. 

Eu conseguia sentir seu olhar sobre mim, e quando eu lhe olhava ela voltava a encarar a estrada, estava difícil esconder.

Eu talvez estivesse agindo como um bobo, ainda mais por uma garota que conheci a alguns dias, no entanto, levando em consideração tudo o que estávamos fazendo, gostar dela não era exatamente a pior circunstância.

— Estamos na estrada à quase uma hora, onde estamos indo? — Disse pela primeira vez, dei de ombros, indicando o caderno azul.

Shivani se esticou alcançando mesmo, o abrindo em seguida.

— Número seis, falar com a... Maya?

— Minha irmã, mas isso não vai dar agora, então vamos para o próximo.

— Red Rock Canyon. — Disse em voz alta e sorriu. — Dizem que é lindo.

— Parece que sim.

— Por que o Red Rock Canyon? 

— Sinto que é um lugar que quero conhecer a minha vida inteira, é simplesmente um lugar incrível.

Ela assentiu sorrindo, enquanto encarava os últimos quatro itens da lista.

Aquele era o sétimo, sobre a minha irmã (sexto item) seria necessário deixar para lá.

O caminho estava cada vez mais curto, estranhei o silêncio que de repente se espalhou pelo carro, olhei de relance para a mesma, um tanto séria.

Sua cabeça estava nas nuvens, mas os pensamentos pareciam pesados. Tentei puxar assunto:

— O quê quis dizer com encontrar a si mesma, quando conversamos mais cedo?

— Eu me sinto uma bagunça na maior parte do tempo. — Falou simples, encerrando a fala ali. — Acho que é um pouco sobre arrumar as coisas.

Algo estava errado, esperei alguns segundos em silêncio, e antes que eu tomasse a inciativa Shivani se virou me encarando seriamente.

— Quatro itens...— Lhe interrompi.

— Dois, acabamos de chegar. — Falei ao notar a grandiosidade do lugar, seus olhos não pararam pra notar a beleza daquele lugar. — E sabe que o número dez não conta certo?

— Por que não confia em mim pra me contar. — Disse se esticando e alcançando a câmera no banco de trás do carro.

Após alguns minutos, e ser cumprimentado pelos responsáveis do lugar, estacionei finalmente, não tive tempo de relaxar quando Shivani desceu do carro fechando a porta com força.

Pendi minha cabeça para trás, o que havia acontecido agora? A instabilidade dessa garota estava acabando comigo. Desci atrás da mesma que estava tirando foto de um lugar um tanto alto, ao notar minha presença ela se afastou indo em direção a um lado qualquer.

Me irritei, lhe alcancei o mais rápido possível, segurando seu braço.

— O que rolou? por que está irritada?

Ela me olhou por um longo tempo e como se estivesse intimidada encarou o chão, respirou fundo algumas vezes.

— Não quero que as coisas mudem. O que vai acontecer quando isso acabar? A viagem? Falta tão pouco!

Senti a confusão me atingir, Shivani conseguia ser louca e corajosa em casos tão complexo, porém parecia assustada com momentos simples de sua vida.

— Vamos fazer outras coisas, okay? Isso não vai acabar tão rápido assim.

—  Você promete?

— Prometo? - Disse incerto, ela cruzou os braços.

— Vai ficar?

— O que deu em você?

— Eu só quero me precaver pra evitar de partir meu coração!— Cuspiu de uma vez as palavras, senti rapidamente o peso delas. — Desculpa.

Observei seus olhos preocupados, ela estava insegura. Sorri de canto, selando rapidamente nossos lábios.

— Eu prometo Shivani.

*

A tarde se tornou longa, juntamente com a noite que surgiu,  nós conversamos rimos e discutimos coisas bobas.Entretanto a melhor coisa que fizemos foi observar a grandes rochas, o sol ao entardecer pareceu prender Shivani, senti uma  paz profunda. 

Lembro de quando escrevi esse item, Noah disse que um dia viríamos juntos, mas as coisas não saíram como o que planejamos, embora eu estivesse feliz em saber que Shivani estava comigo.

Depois de longas horas, a estrada se tornou nossa companheira outra vez, tudo seguia tão bem, eu sentia que poderia flutuar de tão leve que me sentia.

O problema é que nada funciona totalmente bem para mim.

— O que foi isso? — Shivani questionou ao ouvir o som estranho do carro, e perda de velocidade do mesmo.

— Acabou a gasolina. — Indaguei devagar, me dando conta do que havia acontecido. 

— Não acredito! — Choramingou, se virando pra mim. — E agora? o que faremos?

Estávamos no meio da estrada a noite, com certeza não era o que precisávamos no momento. Desci do carro, esperando que algum outro veículo passasse por ali, mas já estava tarde, parecia quase impossível que existisse alguém no mesmo caminho que nós dois.

Me encostei no carro respirando fundo, isso não deveria estar acontecendo.

Ouvi um som alto de algo caindo olhei para trás, onde Shivani se encontrava completamente irritada e frustrada, jogando pedras no horizonte.

Balancei a cabeça rindo da cena.

— O que está fazendo? — Ela não respondeu, antes que eu desse o primeiro passo em sua direção, alguém surgiu no horizonte.

Percebi a garota parar, soltar as pedras e andar até mim, uma grande van se aproximou.

— Estão com problemas? — Uma garota loira colocou a cabeça na janela.

— Estamos sem gasolina.

— Tem um posto a alguns quilômetros, talvez queiram sair da estrada logo.

Assenti.

— Estamos bem. — Shivani falou apenas pra mim.

— No meio da estrada sem água ou comida ?- Ela bufou sabendo que eu estava certo.

***

Perdoem o capítulo horrível, vou arrumá-lo futuramente, hoje foi muito exaustivo. Desculpem mesmo.

Tenham uma boa noite!

Number 10_ Shivley MaliwalOnde histórias criam vida. Descubra agora