capítulo 28

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(Spoiler do livro "Nossa história daria um filme")

Como uma adolescente apaixonada que deu o primeiro beijo no "crush" eu me virei a noite toda tentando pegar no sono mas, de certa forma era isso que acontecera. Eu já havia beijado Josh mas nenhum teve sentimento.

Ao contrário da última vez que demorei dormir, dessa vez era por um bom motivo.

Já era tarde quando o sorriso bobo dos meus lábios resolveu sumir e finalmente conseguir descansar.

No outro dia acordei cedo para o trabalho, me arrumei como todos os outros dias e tomei café com Julieta em seguida, sai encontrando Josh me esperando já no elevador.

Me aproximei não sabendo ao certo o que fazer, mas parecendo que tinha lido meus pensamentos ele me puxou pelo pulso fazendo nossos corpos se chocarem.

Josh era alto, mas eu não ficava para trás. Nossa diferença era de míseros centímetros.

- Bom dia - sua voz saiu rouca.

- Está tudo bem? - perguntei.

- Só um pouco dor de garganta - falou dando de ombros.

Lembrei tinha pastilhas na minha bolsa e imediatamente me afastei as pegando e entregando para ele que me encarou com um sombrancelha.

- Querendo me envenenar? - perguntou divertido mas colocou a bala na boca - Não é muito bom não - fez uma careta.

- Eu sei - ri - Mas sua garganta melhor, se não melhorar tem que ir no médico.

- Ainda se preocupando com os outros? - perguntou.

- Só com algumas pessoas - dei de ombros, vendo que já estávamos chegando.

- Fico feliz que me incluo nesse meio - sorriu lascivo e se colocou na minha frente segurando meu rosto, e deixando um selinho demorado.

Com certeza eu não estava acostumada com esses beijos...

*

Assim que as portas do elevador de abriram eu e Josh nos entreolhamos ao ouvir risadas e gargalhadas vindo do apartamento da minha vó.

- Quem será? - dei de ombros indo até a porta com os dedos entrelaçados com os deles.

Abri a porta e duas criaturas com cabelos dourados correram na nossa direção passamos direto por mim e indo para Josh.

- Tio! - a menininha falou agarrando as pernas dele.

- Oi meus pequenos - Josh agachou ficando da altura deles.

- Eu não sou pequeno - Jonathan que tinha por volta de seus dez ou onze anos falou.

- Você é o neném do papai - Nate, cunhado de Josh afinou a voz pegando o filho como se segura um neném.

- Talita?! - a voz de Dianna soou atrás de mim, me virei dando um abraço apertado.

Dianna, irmã de Josh que quando mais nova teve câncer e foi um dos motivos para Josh desconfiar sobre a sua verdadeira paternidade. Afinal, se fossem irmãos de sangue tanto parte de mãe e pai ele poderia ter feito o teste para o transplante de medula óssea e não ter que quase perde-la.

Ela sempre soube a verdade, mas Josh nunca a culpou. Ao contrário se apegou ainda mais na irmã.

- Uau, você está um mulherão - corei, mas agradeci.

- Cadê minha daminha favorita? - Nathaniel me cutucou abrindo os braços para um abraço.

Nate era como um "tio" para mim, desde que casou com Dianna sempre me levava para sua casa com Josh e deixava nós lá para brincarmos com Jonathan e Cloe, apesar da diferença de idade.

- Nathaniel está esmagando a menina - Dianna o repreendeu, e como resposta ganhou uma língua e uma careta.

Gargalhei, os dois sempre foram assim.

Senti quando alguém puxou e me abraçou de lado. Josh.

- Não precisa ficar com ciúme cunhadinho - o loiro que agora estava começando a ficar mais claro e
com uma barba rala abraçou a esposa dando uma piscadela para Josh.

Minha avó apareceu na sala segurando um pote com biscoitos, sorrindo com a cena.

- Não precisava se incomodar - Dianna foi até ela a ajudando colocando o pote na mesa.

- Não é incomodo nenhum, amo ver a casa cheia.

Jonathan e Cloe se aproximam da mesa, nem precisam dizer nada já que seus olhos os entregam que estão morrendo de vontade de comer os biscoitos.

Dianna os manda lavar as mãos e em seguida ela os coloca sentando á mesa para comer.

Jonathan se parece mais com a mãe, a não ser pelos cabelos que são exatamente como do pai e Cloe com os cabelos loiros só que um pouco mais escuros era a cara de Nathaniel.

Nós, "mais velhos" nos sentamos no sofá já que ninguém quis comer.

Eles ficaram por horas lá em casa, até que Dianna decidiu que queria ver como estava a casa do irmão. Com alguns protestos seu marido aceitou ir embora.

Nos despedimos deles e das crianças e novamente a casa ficou apenas eu e Julieta.

°°°
Continua..

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