capítulo 42

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Nove semanas mais tarde...

Me remexo na cama xingando meu celular de todos os xingamentos que eu conhecia.

- Vou passar para ela - não fui eu que atendi.

Abro apenas um olho e vejo Josh com o celular no ouvido, ele faz menção de me entregar e eu só balanço a cabeça negativamente tentando voltar ao meu sono.

Estávamos assistindo filme e eu acabei pegando no sono nos primeiros dez minutos.

- Columbia University? Claro, pode falar - me viro para ele novamente - Aconteceu uns imprevistos para ela não responder, mas fiquem tranquilos que ela vai responder o mais rápido possível.

Ele troca mais algumas palavras e desliga me encarando. Me sento na cama respirando fundo.

- Por que não me contou? - perguntou, calmo até demais.

- Eu... Eu não sei, não tinha decidido se iria ou não - o respondi.

Pensei que ele fazeria uma cena de drama como em todos os filmes e livros que já li. Ao contrário ele abriu um sorriso e se tacou em cima de mim.

- Parabéns, meu amor - deixou vários beijos no meu rosto - Você vai né?

Neguei. E isso foi o suficiente para ele se levantar e me olhar com o cenho franzido.

- Como não? - dei de ombros - Sempre foi seu sonho, tem que ir.

- Tenho outras preocupações agora - respiração - Você e bebê.

Ele revirou os olhos e massageou as têmporas procurando paciência, em seguida se levantou indo até a janela do meu quarto.

Estavamos em Albany e ele tinha voltado para a casa dos pais e dona Julieta estava morando conosco.

- A gente vai com você, quer dizer, eu vou. Até por que não teria como o bebê ficar aqui - ri da maneira como ele falou.

Passei a mão pela minha barriga, quem olhasse nem falaria que estava grávida, estava parecendo que estava com o intestino preso.

- Pensa nisso ok? - Josh se ajoelhou na minha frente pegando minhas mãos dando um beijo em casa uma - Eu faço faculdade por EAD mesmo, não importa o lugar que eu esteja e já até arrumei um emprego que não precisa sair de casa.

- Prometo pensar com carinho, tá com? - ele sorriu concordando com a cabeça.

Saímos do quarto e fomos guiados até a cozinha pelo cheiro que vinha de lá.

Dei pulinhos ao ver Tyler e Júlio.

- Não acredito - abracei meu amigo - O que estão fazendo aqui?

- Queria ver a tia Ju - fiz carranca - E você também.

Sorri mostrando os dentes e me lancei de novo em seus braços. Tyler e Júlio estão em um relacionamento sério e ao contrário do que meu primo pensava a família super apoiou e seu pai já até está planejando o casório.

Eles estão morando em New Paltz, mas quase sempre estão aqui em Albany enchendo a casa de alegria.

- Espero que também queira me ver - Josh resmungou atrás de mim, Tyler revirou os olhos mas abriu os braços o chamando para um abraço.

Enquanto eles se cumprimentavam fui até meu primo dando um beijo estalado em sua bochecha.

- Oi prima - sorriu e passou a mão pela minha barriga - Oi meninão.

- MeninA - Tyler falou fazendo uma cara feia.

- Não é não, sinto que é um garoto - resmungou meu primo.

- O que você acha, Talita? - Tyler peguntou e dei de ombros.

- Não sei, acho que não tenho aquele negócio de extinto materno não - peguei um bolinho que estava atrás de Josh e coloquei na boca enquanto os via descutir sobre o sexo do meu filho ou filha.

Apesar de estar com quase quatorze semanas eu ainda não me sinto preparada para isso.

Ser mãe cedo não vai ser fácil e eu sei disso. Sei, que deveria ter esperado mais e que ainda vou receber muitos julgamentos por isso e sinceramente? Eu não estou nem aí.

- Que bagunça é essa? - minha vó apareceu na cozinha presenciando a briga dos namorados e o meu namorado que também tinha entrado na discussão.

Josh falava que era um menino, assim como Júlio mas as vezes mudava de opinião sempre que via um vestidinho. Ainda não tenho um opinião concreta mas sei que esse serzinho veio para me dar uma lição de vida.

- É menina e pronto - Maia entrou na cozinha surgindo do além.

Abracei minha amiga que não saiu de perto de mim desde de quando as visitas no hospital foram liberadas.

Ela me ajudou com tudo, até aceitar minha nova vida que estava por vir e me fez ver o lado bom de tudo mesmo que fosse difícil aceitar.

E pagando para pensar, eu não podia pedir mais que isso. Estava feliz e nenhum sequestrador maluco chamado Marcel iria me encontrar já que o mesmo de encontrava á sete palmas debaixo da terra.

°°°
Continua...

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