16 | Todo The Bignning tem o seu The End

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Olá queridos semideuses, como vocês estão?

Sei que não dou muito as caras por aqui, mas gostaria muito de agradecê-los por acompanharem a história até este ponto.

Bom, não me matem, mas esse é o último capítulo oficial dessa fic que é muito especial para mim, que retrata um dos meus OTPs favoritos. Espero que a leitura tenha sido divertida e leve para vocês. Sei que não chego aos pés do Tio Rick, mas me senti muito bem com fluir do enrredo ao que eu escrevia.

Mais uma vez obrigada, e aproveitem a leitura. Vejo vocês nas notas finais.

POV WILL

Eu me senti escorregar lentamente pelo tecido dos mundos. Não sei muito bem como descrever a sensação, mas era como se eu estivesse ms afogando em escuridão, nada além do negrume infinito aparecia diante dos meus olhos, a pressão insuportável da queda incessante no vazio deixando minha mente pesada.

Dizem que quando estamos partindo, os momentos mais marcantes de nossas vidas se passam diante de nossos olhos, lembro de pensar exatamente a mesma coisa antes de me deixar levar pelo estado de inconsciência momentos antes de constatar que aquele era o meu fim.

Mas não é bem assim que acontece, na verdade não é algo involuntário, nós nos obrigamos a se lembrar do que foi importante, do que fazia a linha frágil e incerta de nossas vidas valer a pena.

Agora eu podia ver claramente os fios dos cabelos dourados e levemente cacheados de minha mãe, podia ouvir a voz melodiosa enquanto ela cantava uma canção em ritmo de country para que eu dormisse, eu não tinha mais que 4 anos. E então, o momento se esvaiu como fumaça, como se em um piscar de olhos estivesse sendo apagado de minha memória.

Em seguida, me veio a memória daquele momento desesperador, quando fui encurralado por um monstro pela primeira vez, quando descobri ser uma semideus e fui levado ao acampamento, meus olhos completamente arregalados em pavor e deslumbramento ao ver aquele lugar incrível e místico pela primeira vez. Mais uma vez o momento fugiu por entre meus pensamentos como grão finos de areia escorrendo pelas lacunas dos dedos de uma mão humana.

Agora eu estava sentado na mesa do Chalé de Apolo no refeitório, um de meus irmão havia acabado de chegar, o nome dela é... eu não me lembro, mas seus cabelos são de um ruivo alaranjado, os olhos imponentes queimando em um profundo tom de azul, tão linda, podia sentir o quanto ela seria forte, impetuosa.

Um arco em minhas mãos, o cheiro agradável de morangos, Austin ao meu lado, os lábios fatos desenhados em um sorriso arrebatados, queria conseguir ouvir nitidamente o som de sua risada mas era como se o momento fosse uma cena muda de um filme antigo, tudo tão longe, tão abafado.

E lá estava, a primeira vez que eu o vi, ele parecia tão perdido.

Minha consciência estava se esvaindo, é tão difícil me manter concentrado. Mas eu precisava, precisava mais do que tudo rever meus momentos com ele, o meu amor.

É tão difícil, tão difícil. Eu me agarro a aquela pequena ponta de lucidez com tudo que tenho, tudo que me resta.

Nico, Nico Di Angelo, o nome dele ronda confuso em minha cabeça pesada. Mas eu finalmente consegui puxar uma lembrança, mesmo o o esforço para aquilo tivesse aniquilado por completo qualquer resquício de força que eu ainda tinha.

Estavamos na floresta, eu estava agachado na frente dele examinando seu tornozelo, a pele era tão alva e macia, os ossos pareciam tão frágeis.

Passei os dedos pelos cabelos negros que gritavam em sua testa devido ao suor, afastando-os dos olhos bonitos, eu estava tão preocupado naquele primeiro momento, já era louco por ele há tanto tempo, porém aquele foi o instante em que eu percebi que Nico Di Angelo precisava de mim.

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