Capítulo 16

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Teresa estava sentada num banco do jardim e logo viu-me e acenou-me. Aproximei-me.

"Newt! Estás dois minutos atrasado!" disse Teresa olhando para o relógio.

"Desc..."

"Estou a brincar!" interrompeu Teresa rindo "anda, vamos andando o café é já ali, vais adorar o lugar!"

Caminhámos cerca de dois minutos, três no máximo. O café era simplesmente lindo, tinha um papel de parede vermelho e preto, e alguns toques dourados aqui e ali, o estabelecimento transbordava de requinte.

"É bastante agradável aqui" disse na tentativa de iniciar uma conversa.

"Sim! É o café preferido do Thomas, e meu também... Por falar em Thomas, como é que o conheceste?"

"Bem, já nos tínhamos encontrado uma ou duas vezes antes da escola começar, e depois descobrimos que somos colegas de turma, somos amigos desde então."

"Hm... Deve ter sido o destino..."

Teresa estava claramente a insinuar algo, mas longe de mim acusá-la seja do que for, mas ainda assim fiquei com com a pulga atrás da orelha.

"E tu Teresa, como é que o conheceste?"

"Somos amigos desde sempre, não há mistério"

Entretanto um rapaz trouxe os nossos cafés, interrompendo a nossa conversa por breves instantes, mas nada que não se recuperasse em poucos segundos.

"Teresa, hoje falaste em um Peter, quem é?"

"Bem, o Peter... Como hei-de explicar... Ele é o ex namorado do Thomas" a expressão na cara de Teresa era tudo menos convincente.

"Oh, eu não fazia ideia..." disse com o objectivo de parecer inocente e de que não sabia nada sobre o assunto.

"Gostei de te conhecer Newtie! Pareces mesmo ser uma pessoa cinco estrelas! Estou a torcer para que um dia tu e o Th..." ela calou-se subitamente, como uma criança que diz uma palavra proibida, obviamente ela não queria ter dito aquilo.

"Um dia, eu o Thomas o quê?" disse, atrapalhado.

"Nada, nada... Que sejam bons amigos! Só isso!" Não me convenceu.

"Hm, está bem, está bem..."

Nesse instante recebi uma mensagem de Thomas dizendo "Hey Newt! Desculpa incomodar mas o trabalho de casa de Filosofia está a matar-me! Achas que posso passar aí para me ajudares?".

"Thomas mandou-me uma mensagem, parece que está a ter problemas com o trabalho de Filosofia, acho que vou andando para poder ajudá-lo. Queres vir também? Assim estávamos os três juntos"

"Não me admira que ele te peça ajuda, ele sempre foi péssimo a Filosofia... Hm, eu agradeço o convite mas já que vais embora eu aproveito e também vou para casa..." Teresa parecia triste por me ir embora mas ao mesmo tempo parecia feliz, e algo me dizia que ela estava feliz por eu ir ter com Thomas.

Dirigimo-nos ao balcão e pagámos os cafés. Abandonamos o local e despedimo-nos.

"Boa sorte a explicar seja o que for àquele cabeça no ar!" disse Teresa rindo.

"Obrigado! Algo me diz que vou precisar! Vemo-nos amanhã!!!"

Coloquei os fones e caminhei de volta a casa. A noite era iluminada pelo forte luar que se fazia sentir, mas ainda assim, gélida como um glaciar. Arrependi-me logo de não ter trazido um casaco mais forte. Já estava prestes a entrar em casa quando vi Thomas a vir do outro lado da rua e acenei-lhe.

"Estou a morrer de frio" disse Thomas já chegando perto de mim.

"Sim, podes crer! Vamos entrar, pelo menos lá dentro está quentinho!"

Entrámos.

NEWTMAS 1: A vida de Newt [A história antes de Maze Runner]Where stories live. Discover now