Capítulo 17

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Dentro de casa estava, sem duvida, muito mais quente. Thomas trazia consigo o caderno e o livro de filosofia. Dirigi-me à sala e vi a minha mãe a ver televisão, portanto era impossível estudar seja o que for ali, portanto sobrava um lugar: o meu quarto.

Entrámos e Thomas colocou as suas coisas em cima da secretária, dando início ao estudo misturado de explicação.

Mais uma vez ali estávamos nós, ao lado um do outro, a poucos centímetros de distância. Era um pouco difícil de me concentrar mas tive de o fazer.

O tempo foi passando, provavelmente uma hora se passou e alguém bateu à porta do quarto e entrou.

"Olá Thomas! Newt eu vou deitar-me, estou a sentir-me um pouco cansada, até amanhã meninos!"

"Está bem, até amanhã!"

Ela saiu e voltou a fechar a porta, e nós voltamos ao estudo.

Thomas estava sem dúvida a entender melhor a matéria e notava-se que tinha aprendido qualquer coisa.

Comecei a sentir o rabo a doer-me de estar sentado na cadeira e levantei-me e sentei-me na cama. Agora que Thomas já tinha interiorizado as coisas já podíamos falar sobre outras coisas que não fossem relacionadas com a matéria.

"Hoje fui ao teu café preferido."

"Ai sim? E como é que sabes qual é o meu café preferido?" disse Thomas levantando a sobrancelha.

"Estive com a Teresa, então ela disse-me que era o vosso café preferido" respondi dando uma risada.

"Estiveste com a Teresa? Interessante..." Thomas estava claramente com ciumes.

"Não sejas invejoso! Eu não te vou roubar a melhor amiga!" disse brincando com a cara dele.

Thomas fez uma risada cínica e disse "Podes roubar à vontade, que sejam muito felizes juntos"

Aquela resposta irritou-me de tal forma que empurrei Thomas fazendo-o ficar deitado sobre a cama. Ele permaneceu quieto, deitado, olhando pro teto.

Eu deitei-me ao seu lado, como se o estivesse imitando. O meu coração batia como um louco. Tinha uma grande vontade de tocar-lhe, nem que fosse por um segundo apenas.

Num momento imagens do sonho com Thomas surgiram na minha mente, e senti um enorme desejo de o beijar. Era inexplicável mas eu tinha de o fazer.

Toquei na sua face, enquanto ele olhava para a minha mão, quando ele olhou-me nos olhos não resisti e os nossos lábios tocaram-se.

Não foi um beijo rápido, muito pelo contrário, foi demorado e bem caprichado. Desta vez era real, estava mesmo a beijá-lo.

Quando o beijo terminou ele olhou-me e disse "o que estás a fazer?" num tom de quem quer mais mas não sabe como há de pedir. Respondi afirmativamente com a cabeça. E ali ficamos agarrados até adormecermos.

NEWTMAS 1: A vida de Newt [A história antes de Maze Runner]Où les histoires vivent. Découvrez maintenant