❂Mayse Mancini❂
Já havia se passado dois dias deste que tínhamos achado a bússola do pai de John B, e eu não vi nenhum dos pogues deste aquele dia. Eu e JJ nos desentendemos deste o dia em que ele achou aquele dinheiro e aquela arma e não quis devolver.
O sol já estava raiando e eu não havia dormido nada. Sou tirada dos meus pensamentos por uma mensagem do John B convocando uma reunião de emergência. Me rolo na cama e me levanto indo em direção ao meu banheiro.
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- A gente estava do lado de fora, e só ouvimos umas batidas. - JJ faz os sons das batidas. - Esmurrando a tinta da parede, por fora. Sacou? - ele estava super alterado. Olho pra John B e ele me olha de volta, eu já estava começando a considerar que JJ estava drogado. - Eu fiquei olhando pra ele... Mas primeiro, vejam isso. - ele vai até o lado de Pope e começa a mexer no seu cabelo.
- Isso é caspa, que nojo. - Kiara fala fazendo cara de nojo.
- Viram tudo isso? - JJ olha pra todos nós. - É tinta. Naquele momento eu já estava esperando a morte.
- Ele ta drogado? - sussurro pra John B que apenas aperta os lábios enquanto me olha.
- Ok, então vocês viram os cara que atiraram na gente, certo? - Pope começa a analisar tudo o que havia sido falado.
- Sim. - JJ fala como se fosse óbvio.
- Vocês conseguiram ver eles bem? - Pope pergunta novamente. - Conseguem descrever eles bem? Algo que possamos informar a polícia.
- Fortes. - isso é apenas o que JJ responde. Olho pra Pope que me olha com a sobrancelha franzida.
- Fortes... - Pope continua.
- Isso não nos ajuda em nada. - falo e JJ me olha.
- Tá, eu sei. Eles são tipo os cara que são clientes da oficina do meu pai. Todos sabem que ele fazia compartimentos secretos pros traficantes. Então, eu posso dizer com toda a minha confiança. Esses caras, os assassinos. - ele pega um cigarro e coloca na boca, coisa que ele sempre fazia quando estava nervoso. - Eles são traficantes.
- São contrabandistas tipo de droga mesmo, da raça do Pablo Escobar? - Pope fala dando uma referência. E JJ concorda.
- Nós não estamos em um filme de ação. - Kiara fala e Pope retorna pro assunto da aparência dos traficantes.
- Olha só, você não estava lá. - JJ começa a alterar sua voz. - Eu não fiquei tirando fotos mentais! Era muita pressão, tá?! - sua voz começa a falhar. Eu me levanto e vou até JJ.
- Vamos lá pra fora. - falo e começo a empurrar ele.
- A única coisa que eu posso dizer, é que pelo jeito que a dona Lana estava gritando, esses caras são bem perigosos. - é a última coisa que JJ fala antes de eu tira-lo de lá.
- Da pra se acalmar?
- Eu não consigo. - ele da outra tragada. Eu tiro o cigarro da sua mão e jogo no chão e já piso em cima.
- Ta louca?
- Quem tá louco aqui é você! - aponto pra ele. - Da pra parar de fazer essas loucuras?
- A minha vida não é tão fácil que nem a sua. - ele começa a aumentar o tom de voz.
- Para de gritar comigo! - falo num tom baixo e ele me olha. - Nossas vidas nunca poderiam ser comparadas, mas eu sempre estive do seu lado. E não mereço o que você está fazendo comigo.
- Eu preciso daquela arma pra sobreviver, ok? Você sabe como são as rivalidades aqui.
- Se você for pego...
- Eu não vou. - ele me corta. - Eu prometo que vou me cuidar. - concordo e me encosto em uma árvore. - Agora pode me dar um abraço? Eu não aguento mais isso. - concordo e abraço meus braços e JJ me abraça.
Ele beija o topo da minha cabeça e coloca a sua encostada na minha. Ouço o barulho de um carro e desencosto minha cabeça da de JJ.
- Não faz barulho. - JJ olha pro mesmo lado que eu. - Cadê a arma? - ele me olha assustado.
- Ta na minha mochila, na varanda. Eu vou lá pegar. - ele tenta sair e eu o puxo de volta.
- Você tá louco? Eles querem nos matar, não podemos ir lá. - olho pra varanda quando ouço um dos cara gritando.
- John Routledge! - olho pra JJ.
— Nós temos que tirar o John B de dentro da casa, tá me escutando? — ele concorda e suspira. — Provavelmente eles estão dentro da casa, vamos.
Pego em sua mão e começamos a caminhar sorrateiramente em volta da casa, tentando ter algum sinal de John B. Paramos do lado da casa onde era o escritório do seu pai, e vimos que ele e Pope tentavam segurar a porta. Dou uma batida no vidro e Kiara me olha, começou a forçar a janela tentando abri-la.
Kiara começa a puxar pelo lado de dentro também, JJ me ajudava do lado de fora. Começo a ouvir batidas na porta em que os meninos estavam e a porta começa a fraquejar. Pope vem até a janela e começa a puxa-lá junto, um tiro ecoa desesperando todos nós. Conseguimos abri-la e Kiara é a primeira a sair, seguida de Pope e John B.
— E agora? — Pope olha desesperado para John B, que apenas aponta para o galinheiro. Antes mesmo de todos pensarmos em algo melhor, corremos pra lá.
Olho pelos buracos que havia nas madeiras e vejo que os dois caras já estavam dentro do escritório. O galo começa a cantar e eu percebo que isso está chamando a atenção dos homens que já estavam na hora.
— Tem que fazer ele parar. — falo num sussurro.
— Como que eu vou fazer isso? — JJ pergunta enquanto me olha e eu dou de ombros.
— Faz um carinho nele, sei lá. — Kiara diz entre lágrimas, olho pra ela e pego em sua mão.
— Vai ficar tudo bem. — ela me olha e nega com a cabeça. — Ele tá vindo.
Olho desesperada para JJ que pega o galo e quebra seu pescoço. Fecho meus olhos e encosto minha testa no ombro de Kiara, eu definitivamente não queria ter visto isso
— Tá tudo bem! — olho pra Kiara assim que ouço o barulho do carro se afastando.
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➮ O meu sol • Outer Banks
Fanfiction↬JJ Maybank┃Outer banks » "O certo seria me perguntar o porquê eu não me apaixonaria por você." Mayse retornou para Outer Banks depois de meses, reencontrou todos os seus amigos e inclusive, o amor que foi deixado para trás. Muitas coisas acontece...