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Seven

Jungkook tentou ignorar o que tinha acontecido mais cedo entre ele e Jimin e apressou os passos para encontrar Taehyung na biblioteca. Sua ansiedade para vê-lo era tanta que sentiu borboletas brincarem em seu estômago assim que o avistou no final do corredor, o recebendo com um sorriso tímido no rosto.

Sabia que muita coisa iria mudar desde a conversa que tiveram no fim de semana, mas com certeza aquilo não era ruim para nenhum dos dois, pelo contrário, ambos amavam os beijos carinhosos e lentos que davam assim como amavam segurar a mão um do outro sem se preocupar se isso era meloso demais como costumavam achar antes.

Pela primeira vez tanto o Jeon quanto o Kim se sentiram completamente confortáveis na presença um do outro.

— Vai me chamar de louco se eu disser que passei a manhã toda pensando no seu beijo?

A confissão repentina surpreendeu Taehyung, mas em seguida só conseguiu sorrir de maneira tímida, ainda tentando se acostumar com o rumo que as coisas entre ele e Jungkook estavam tomando.

— Não porque eu estava do mesmo jeito. — respondeu o beijando mais uma vez. — E obrigado por ter me ajudado no dia da festa.

— Achei que você nem ia se lembrar disso. Quer dizer, você estava muito bêbado, Taehyung. Muito mesmo.

— Eu não lembro de nada na verdade. Quem me contou sobre o ocorrido foi Hoseok. — explicou. — Mas Hoseok não estranhou quando você veio me ajudar?

— Um pouco, mas bem na hora meu irmão estava conversando com seu amigo então acho que ele não imaginou que nós nos conhecíamos ou algo assim. Deve ter pensado que só quis ajudar por pena e fim.

— Ah, ainda bem! Porque quando Hoseok desconfia de algo é difícil dele deixar pra lá. — o moreno assentiu e logo Taehyung continuou: — Mas então... você estava na festa porque seu irmão foi convidado?

— É. Aparentemente seu amigo e meu irmão estudam na mesma faculdade.

— Agora faz sentido.

Jungkook riu.

— Não achou que eu fui até lá pra te perseguir, não é?

— Só achei muita coincidência estarmos na mesma festa. — deu de ombros. — Você vive recebendo convite de festas todo final de semana mas acaba indo justamente na que eu escolhi porque não queria correr o risco de esbarrar com alguém do colégio...

— É muita falta de sorte então.

— Ou não. — o outro o olhou curioso. — Quer dizer, se você não aparecesse na festa eu não teria coragem de me declarar e muito menos estaríamos aqui agora.

— Então não foi uma coincidência, e sim destino. — simplificou, fazendo o loiro sorrir. — Sem falar que também tive a chance de ver você no seu primeiro porre. Acho que valeu a pena.

Bateu no ombro do outro e revirou os olhos, mas claro que riu em seguida já que presumiu que devia ter sido cômico ele bêbado.

— Eu bêbado é tão estranho assim?

— Você não fez nada realmente vergonhoso. Só ficou rindo com um bobo e dançando sem parar. Seus amigos tiveram até que tirar o copo de suas mãos caso contrário você beberia ainda mais.

— Nem sei como eu bebi tanto já que o gosto da cerveja nem é tão bom assim. Fora a ressaca que veio no dia seguinte. — fez uma careta. — Mas pretendo não beber nunca mais então espero que tenha aproveitado essa experiência única. — o moreno riu. — E espero que tenha aproveitado bem os chupões que deixou no meu pescoço porque eles não vão mais acontecer.