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Twelve

O barulho da campainha fez com que Jungkook soltasse um suspiro frustrado. Taehyung o olhou com um bico nos lábios, se sentindo mal por saber que o namorado teria que atender.

— Eu já volto.

O loiro assentiu, vendo o namorado seguir até o banheiro.

— O que está fazendo?

— Não posso atender a porta com todo meu abdômen sujo de por- — antes que pudesse concluir a frase, o barulho da campainha se fez presente novamente. Seja lá quem fosse, era insistente. — Se for Seokjin desesperado pra entrar porque esqueceu a chave, eu mato ele. É sério!

A interrupção não agradou Taehyung, mas de modo algum ficou irritado. Teria a noite toda pra passar ao lado do Jeon e não seria uma campainha que iria estragar isso.

Antes do moreno descer as escadas, se aproximou do corpo magro jogado na cama, beijando sua testa. O sorriso retangular que foi lhe dado em troca fez seu coração acelerar, e até teria perdido mais alguns segundos ali o admirando, mas a campainha tocando mais uma vez o fez voltar para a realidade.

Jungkook esperava que fossem muitas pessoas ali. Desde Seokjin por ter esquecido a chave até o vizinho chato que vivia batendo em sua porta para lhe perguntar se o seu pai estava em casa e podia ajudá-lo com o cachorro da rua que fazia sujeira em seu quintal; Achou até que se tratava do entregador de pizza ou de alguma tia fazendo uma visita, mas quem viu ali do outro lado da porta era certamente alguém que sequer queria esbarrar:

— Jimin?

O sorriso debochado do baixinho ao ouvir o nome sair pela boca do ex foi inevitável.

— Não, aqui é Jesus Cristo. — ironizou, dando alguns passos e parando bem na frente do Jeon. — Demorou pra atender, hein.

— Eu estava ocupado...

Lembrou-se de Taehyung no quarto. Jimin não podia saber que ele estava ali.

— Ocupado com o quê? Dormindo? — riu ao fitar os cabelos bagunçados do moreno e notando que, como de costume, usava apenas uma calça de moletom como pijama. — Passando a noite de sábado em casa... Eu esperava mais de você, Jungkook.

E se ele pensava que estava era dormindo ao invés de estar transando com seu inimigo, preferia fingir que ele estava certo.

— E você passando na minha casa mesmo eu dizendo que terminamos de vez e depois de tudo o que houve? Tem que ter muita coragem...

A risada sarcástica não agradou Jimin, mas preferiu engolir seu orgulho e deixar qualquer conflito para depois já que tinha ido ali com apenas uma intenção.

— Achei que não teria problema algum eu vir e relembramos um pouco, Jungkook. — se aproximou do outro. — Já transamos em cada canto dessa casa, mas como já faz um bom tempo devíamos repetir, não acha?

Demorou para entender o que o baixinho dizia. Talvez a cara de pau de Jimin em dizer aquilo fosse tanta que nem acreditava nas palavras que ouvia.

— Jimin, qual parte do "nós terminamos e eu não quero nenhum tipo de relação com você", você ainda não entendeu?

— Uma foda não é colocar um anel no meu dedo e me chamar de namorado. — deslizou a mão pela nuca do outro. — Só quero aliviar minha tensão. E sei que você também sente minha falta. Por que não aproveitar, hm? Saímos os dois ganhando.

Não hesitou em retirar sem delicadeza alguma a mão do outro de si, o deixando até mesmo surpreso com a reação.

— Eu só perderia ousando me envolver com você de novo, Jimin. Tudo o que eu quero de você é distância, nada além.