O Amor que sempre Sonhei

XXII - Quebrar o Silêncio

🎵 Eu sou o disco que você não quer mais ouvir
Sabendo que vai doer
Sabendo que é sobre você
Eu sou a história que você não quer mais contar
Sabendo que é sobre nós dois
E o que aconteceu depois
O nosso fim
Pra sempre eu vou pedir...
Eu só queria uma chance pra falar
(quebrar o silêncio)
Verdades que você nunca quis escutar
(que guardo em meu peito)
E se o que eu sinto é tudo que você quer
(abra seus olhos)
Por que você procura em outro alguém qualquer? 🎵

O jantar foi ótimo, apesar que não direcionamos uma palavra a outra, mas vê la ali sorridente me enchia de felicidades. Soube de algumas aventuras que teve fora do país, os lugares por onde visitou e ela não esteve com ninguém durante esse período. Não sei se ficava feliz. Não, não estava, eu estava me remoendo por dentro por ter feito ela passar por isso, erm não confiar em ninguém mais.
Tá na hora, Rafa.
Voltei para o apartamento mais do que decidida, não a fazer lá me amar novamente, acho que isso seria impossível, mas fazer lá a me perdoar, isso para mim já seria o suficiente.

É hora de mudar...

Rafaella se martirizava ainda não sentia que merecia, mas queria lutar pelo perdão de Gizelly.
Não conseguia tirar a capixaba da cabeça, mas não era como anteriormente, que pensava nela e ficava triste, agora pensa e sorri, como se cada detalhe de Gizelly fizesse lembrar do que ela tanto amou, do amor que sempre sonhou, da simplicidade e alegria que ela trazia consigo.

POV GIZELLY

Depois de uma noite cheia, colocar a cabeça no travesseiro e dormir, era complicado. Me diverti por partes, ela ali tão perto rindo conosco, me fez lembrar dela de antigamente quando eu costumava... ama lá.

— Por que você está rindo Gizelly?

Me fazia essa pergunta algum tempo atrás, é engraçado pensar que não mudou, não mudou o que faz meu coração bater mais forte.
Me levantei da cama e segui para o quarto de Manu, eu precisava imediatamente esclarecer o que estava acontecendo, mas evitei de bater na porta. Talvez não seja a hora. Não pra Manu.
Voltei ao quarto, peguei o celular e liguei para Gabi, que sempre ouvia meus choros sobre ela. Devia não aguentar mais me ouvir falar dela, mas são pra isso que servem as amigas.

“— Gizelly, por que você tá me ligando agora?”

— Eu senti alguma coisa com ela aqui. Eu não sei explicar me ajuda.

“— Se você não sabe explicar é porque ainda a ama, simples Gizelly, agora me deixa dormir”

— Gabi, não é assim tão fácil.

“— Gi, eu ouvi suas frustrações, e sei o quanto sente amor por ela, sabemos que ela não merece, mas um erro não determina o que uma pessoa é, e você sabe disso.”

— Posso ir na sua casa amanhã?

“— Mas é claro Gi, vamos usar a piscina”

— Que piscina, mulher? Tá frio, vamos ver filmes.

“ — Então eu vou pra ir, o sofá da Manu é melhor, e aproveita e chama a Rafa.”

— Vai se fuder, Gabriela!

“— Te amo, safada.”

— Te amo, minha cantora.

Preciso saber o que ela quer e o que eu quero.
Logo pela manhã, acordei animada como há muito não sentia, libertador. Dona Lúcia já estava preparando o café da manhã cheio de torradas, frutas, pedaços de bolo e chá, certamente Manu esqueceu do meu café. Pois não havia na mesa, e Gizelly sem café não é um furacão é só uma frente fria.