XIII - Brigas

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Rafa? Rafa?

— O que foi?

— Por que você está dormindo no sofá?

— Acho que acabei adormecendo, muito cansada.

— Então levanta dorminhoca, falta duas horas pra você e Gizelly irem para São Paulo!

— Ela já acordou?

— Sim, ela que te encontrou aqui no sofá, e não quis te acordar, ela é muito fofa, né?

— Muito. Marcella que horas você vai?

— Depois do almoço. Tenho uma reunião daqui a pouco, e você vá tomar um banho e por vias das dúvidas é melhor vocês lanchar em São Paulo, se não vocês vão perder o vôo.

Sim, patroa.

Rafa não sabia como a advogada iria reagir depois do que ouve ontem, seguiu para o seu quarto quieta com receio do que estaria por vir.
Ao entrar no quarto viu Gizelly terminando de fechar a mala, já arrumada.

Bom dia, você tá bem? — Rafa manteve uma distância esperando que Gizelly virasse para olha la, mas se manteve de costas.

Bom dia, Rafa. — Gizelly respondeu séria.

Quero te explicar o que houve ontem...

— Não precisa. Ficou bem claro pra mim e eu devia até te agradecer...

— Me agradecer? Não entendo.

— Por me fazer enxergar o que realmente sou e por não ser igual a você que tem medo do que os outros vão pensar, que prefere mentir e se enganar. Eu sei o que eu senti aqui neste quarto com você e o que eu senti quando te vi com ele.

— Titchela...

— Gizelly! É apenas Gizelly pra você. Não demora a gente ainda tem que viajar!

Gizelly estava ferida, magoada o bastante para determinar um limite com a influencer, que seria apenas trabalho.
Rafa não se permitiu, não ousou como a advogada que não teve medo do que sentia e pagou um preço por isso.

Durante todo percurso até São Paulo, capital paulista,  não houve trocas de palavras ou olhares, era um silêncio que doía, que afetava uma amizade linda e recíproca.



POV GIZELLY FLASHBACK

Por que me deixei levar? Por que acreditei que poderia ser real?

Uma bagunça, um terremoto que destruiu tudo e virou meu chão me fazendo cair.

— Por que me beijou? Por que me fez acreditar? Por que fui atrás de você?

Sentada no chão do banheiro cabisbaixa não sabia exatamente o que fazer, tudo o que queria era não ter que lembrar, não ter que sentir.

— Não quero vê-la, eu preciso ir embora!

Peguei minhas malas e comecei a arrumar, ficar não era mais uma opção. Eu gosto tanto dela, mas senti que não é mesmo que sente por mim.


📱🎵🎶🎵🎶

oiiiii Titchela!”

O Amor que sempre SonheiWhere stories live. Discover now