XII - Sensações

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Alô, Rafa? O que houve você me ligou várias vezes... fi..."

— “Eu beijei a Titchela!"

— “Você fez o que? Como que foi isso?"

— “Minha mãe quase me pegou beijando ela, Manu eu não sei o que fazer... E daqui a pouco a gente vai dormir, eu mal consigo encara lá"

— “Rafa calma, você precisa se acalmar e ir conversar com ela, se você está confusa imagina ela. Onde você tá agora?"

— “No banheiro..?”

— “Rafa!”

— “Amiga, eu fiquei com medo”

— “Você tem que falar com ela! AGORA!


POV GIZELLY

Sabe quando você não consegue decifrar o que passa no seu anterior, que tá tudo uma bagunça, a mente fala uma coisa e você até tenta acreditar, mas quando lembra da sensação você dúvida até da sua existência.
Estou até agora sem acreditar que a Deusa maravilhosa Rafa Kalimann me beijou.

— Meu Deus a Rafaella me beijou!

Ainda estava no mesmo local do beijo, no quintal da sua casa olhando o céu completamente estrelado, tentando desvendar o que aquela sensação me causava, fechava olhos e aquele momento se repetia, repetia e eu sentia meu corpo alterar para uma explosão de sentimentos, que nunca havia sentido.
Seus lábios tão macios, suaves a cada toque que me dava, me arrepiava. Se não fosse pela mãe dela, ainda estaria nesse transe de senti lá tão minha.

Depois que a mãe da Rafa apareceu, a chamando, que óbvio não percebeu o que estava acontecendo ali, pois estava um pouco escuro, não consegui ter coragem para ir até ela e perguntar por que ela me beijou. Talvez eu saiba a resposta, minhas amigas me falaram tanto que ela me olhava diferente, será que seja isso meu Deus? Ela tá afim de mim?

Melhor perguntar e não adiar, afinal ainda dividiríamos a cama por esta noite, que vai ser a mais longa de todas.

Gizelly levantou se de onde estava, e seguiu para dentro da casa, e tudo estava como antes, nada tinha mudado, Flavina e Marcella jogavam um jogo de  tabuleiro, enquanto Renato brincava com Soso no meio da sala, a senhora Genilda conversava com Dani, na cozinha e Rafa estava onde justamente a advogada queria, em seu quarto para que então uma conversa sincera seria feita, e ninguém pudesse atrapalhar.

— Gi, vem jogar com a gente? — Marcella convidou pra se juntar a brincadeira, mas Gi não queria esperar mais pela conversa e negou alegando dor de cabeça.

Eu não ia entender nada desse jogo aí, e minha cabeça tá latejando.

— Vai se deitar Gi, qualquer coisa me chama, ok?

— Claro Marcella, você é um amor!

Gizelly seguiu para o quarto de Rafa, a porta estava entre aberta, entrou no cômodo e trancou a porta sem fazer barulho. Rafa estava no banho, e Gi aguardou pacientemente sua amiga sentada na beira da cama, olhando para a porta que dava a suíte.

Gizelly... — Rafa saiu do banho dando de cara com a advogada que não sairia dali sem um conversa esclarecedora.

Rafa, a gente precisa conversar. — Rafa sentiu um peso enorme em seu peito, sentia que Gi não aceitaria o que houve e que a amizade delas não iria prevalecer.

Titchela, eu juro que... que eu... eu não queria que fosse assim, sabe. Foi tão rápido. — Rafa tentou procurar uma forma de dizer a Gizelly sem mágoa lá e como não conseguia olhar diretamente para ela, não viu que ela se aproximava lentamente. — Me desculpa, eu... eu agi mal Titchela. — Quando Rafa notou a proximidade já era tarde.

O Amor que sempre SonheiWhere stories live. Discover now