XIV - Ponto Fraco

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Por que aquela mulher está aqui?

— Rafa, é uma amiga da Gi e eu não vi problema.

— Não viu problema? Então qualquer pessoa pode vir aqui e tá tudo certo.

— Rafa, ela faz bem a Gi. Olha como ela está sorridente, totalmente diferente da Gizelly que vi ontem lá em casa.

— O que você quer dizer?— Rafa olhou sugestiva para a prima. 

— Oiê meninas, estou atrapalhando?

— Claro que não Manu. Na verdade com licença. — Manu deixou que Marcella seguisse seu caminho enquanto encarava Rafa.

Ciúmes?

— Quem tá com ciúmes?

Não é assim que você vai conquistar ela, aliás reconquistar.

Depois de quase três horas de ensaio, Gizelly já se despedia de todos os profissionais que ali estavam, passou o ensaio todo evitando Rafa, que apesar de manter um distância, via de longe cada pose que a advogada tirava, e também os olhares que a loira dava pra Gizelly.

— Você tá quase matando ela com os olhos.

— Manu, não fui nada nem um pouco com a cara dessa criatura que baba pra Gi.

— Não se esqueça que você olha assim pra menina Titchela...

Gizelly se aproximou das amigas com Fernanda ao seu lado, falou como se sentia tirando fotos quase nua que tirou sorrisos de ambas, abraçou Manu e que estava morrendo de felicidades e agradeceu Rafa pela oportunidade em um tom mais profissional e sério, deixando Rafa triste, e agradeceu Gizelly por ter aceitado.
Fernanda que sabia o que sua presença causava em Rafa, tentou beijar Gizelly, que virou o rosto, mas Fernanda não deixou barato e beijou o canto da boca da Gi, fazendo com que Rafa desta vez virasse o rosto.

POV RAFA

Gizelly ainda me tratava completamente profissional, e bem lá fundo eu sei que merecia isso, apesar que a loira, sua amiga, investia pesado e até mesmo desnecessários algumas atitudes dela, constrangendo Gizelly que parecia não compactuar com as investidas da loira, o que me deixava feliz.
A loira tentou beijar a Gi na minha frente, certamente Gizelly havia contado o que houve, pois ficou claro que era mais pra me causar ciúmes do que qualquer outra coisa.
As duas seguiram para o carro da loira, olhei para Manu do meu lado e praticamente leu meus pensamentos.

— Vai atrás dela.

Afirmei com a cabeça e segui as duas, até a garagem. Quando Gizelly estava para entrar no banco do passageiro segurei sua mão, que diante do toque olhou para mim.

— Gizelly, você não pode ir agora!

— Por quê? — Ela olhou para mim esperando uma resposta que eu tinha que ser convincente, afinal precisava mentir.

Vai ter uma reunião pro próximo evento, já que você vai voltar pra Vitória eles pediram que precisa ser hoje.

— É rápidão, vem!

— Ei pra onde vocês vão? Volta aqui Gizelly! — Fernanda gritou me vendo indo com a Gi as pressas para dentro do prédio.

Gizelly não teve tempo de explicar, até porque não deixaria se não meu plano ia pra água a baixo. Levei ela para o camarim da Marcella, que não estava mais ali, obrigada Manu por me ajudar a tirar a bonita dali.

O Amor que sempre SonheiWhere stories live. Discover now