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ALEXA, PLAY OFTEN — THE WEEKND (SLOWED).

ZARA • POINT OF VIEW

AS GROSSAS GOTAS de chuva encharcavam nossos corpos e se infiltravam na areia da praia. Meu cabelo estava ainda mais molhado de que quando saí do mar e os fios de JJ escorrem gotículas, que acabam caindo pelo meu rosto. É uma intensa batalha para descobrir quem se desejava mais. A força que ele apertava minha cintura era como se eu fosse fugir a qualquer momento, mas no fundo, ele sabia que eu não iria à lugar nenhum. Eu estava cansada. Cansada de lutar contra o meu próprio corpo, meu próprio coração e minhas próprias necessidades. Eu era totalmente dele, por mais indecente que isso possa soar. Seu toque tinha um poder absurdo que eu nunca tinha sequer ouvido falar. Já ouvi histórias de casais autodestrutivos, que por serem tão iguais, acabavam causando uma guerra de egos imensa. Mas nós não. Éramos tão opostos que nos completávamos de uma forma muito desajeitada, mas que aquecia o meu coração profundamente.

— O seu pé — Ele interrompeu nosso beijo para começar. Aproveito sua deixa e desço meus lábios pela sua mandíbula marcada. — Ele ainda tá machucado?

Concordei com a cabeça, tirando meu rosto da curva do seu pescoço para encarar seu olhos. JJ deu um sorriso sacana, e então num só impulso, me pegou em seu colo como se carregasse um saco de algodão. Seus braços fortes não funcionavam apenas para levantar pesos da academia, afinal. Eu acabo soltando uma gargalhada forte e segurando em sua nuca. O pânico cresce dentro de mim quando o vejo correr desenfreadamente pra fora da praia e entrando nas ruas da ilha. Não saberia nem mesmo cuidar de um ralado meu se caísse daquela altura.

— JJ, toma cuidado! — Suplico em meio à risos.

Não demorou para que chegássemos até sua casa. Ele me colocou no chão e abriu a porta da residência apenas com o peso das minhas costas sobre a mesma. Nossos lábios são tão grudados como imãs, assim como nossos corpos, que não respeitam qualquer mínimo limite de distância. Eu só queria me perder em seu toque e me desfazer por completo nos seus braços. Eu não queria e nem podia mais lutar. Tinha me rendido completamente. As minhas defesas foram brutalmente destruídas por ele desde o dia que me esbarrei com esses olhos de oceano pela primeira vez.

JJ me virou de costas e colou seus lábios quentes em minha nuca, enquanto guiava meu corpo até o seu quarto. Naquele momento, minha ficha caiu. Eu estava visitando o seu quarto pela primeira vez e realmente invadindo sua zona de intimidade. Não era qualquer coisa, eu sabia que não era. Alguém que nunca gostou de muito contato, de ser tocado e odiava ter sua privacidade invadida, estava de braços abertos para me receber com todas as quebras de regras que fosse. Era real. Ele era real, nós éramos mais que reais.

Ao adentrarmos o seu cômodo, eu seguro sua blusa com força e empurro seu corpo contra a porta, fazendo um barulho alto quando suas costas se chocam com a superfície de madeira. Ele finca seus dentes afiados no lábio inferior e eu não espero mais um segundo para arrancar sua camiseta e joga-la ao chão. Mais uma vez, nossas bocas se unem em quase uma só, e sentir seu peitoral nu contra mim acendia lugares do meu subconsciente que eu nem mesmo sabia. Sua pele pegava fogo assim como a minha. Nós estávamos nos preparando para o maior incêndio da história. A combustão dos nossos corpos e a química que há entre nós.

Por mais instigante que fosse a ideia de beija-lo por toda a eternidade, eu ainda tinha milhões de áreas para poder explorar. Por isso, espalmei minha mão em seu peito e desci meus beijos por toda a extensão do seu abdômen. JJ tinha seus olhos fixos em mim, prestando atenção em cada mínimo movimento que eu fazia. Sua respiração estava desregulada, o que fazia seu peito subir e descer com cordão pendurado no pescoço acompanhando o ritmo. Jesus... Como alguém pode ser tão atraente em todos os detalhes possíveis?

𝐂𝐇𝐀𝐍𝐆𝐄𝐒, 𝗺𝗮𝘆𝗯𝗮𝗻𝗸. ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora