Capítulo 10: Estranhos Sentimentos

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Hello personas!

Estou sendo meio negligente com vocês em relação às postagens né, eu sei 🤧 Mas é como falei lá em TC3: realmente ando bem esgotada do serviço e isso tem consumido minha energia e criatividade. Espero logo me acostumar e espero também que meus horários normalizem, assim vou conseguir me organizar melhor.

Chega de lero, bora pro capítulo.

Boa leitura!

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Tarde de Julho de 2158
Galpão abandonado
– Camila

   Os dias se passaram enquanto Camila vivia em um estranho modo automático, observando a movimentação daquelas pessoas já não tão desconhecidas. A todo instante tentava amenizar a dor do vazio em seu peito, a saudade de casa. Não havia um dia sequer que não pensasse em seus pais e irmão.

   Nunca achou que chegaria a pensar daquela forma, mas quanto mais convivia com os infames “rebeldes” da Resistência, mais familiarizada à eles se sentia. Era estranho pensar em como eles poderiam parecer tão frágeis e ao mesmo tempo tão fortes, vivendo às sombras de tantos medos e incertezas.

   Era dessas pessoas que o Governo tinha medo? Eles faziam todos dentro das cidades acreditar que a milícia era um enorme exército armado até os dentes, repleto de assassinos a sangue frio e mercenários ambiciosos por controlar todo o continente. Nunca havia sido nada disso. Lauren sempre esteve certa. Todos dentro das cidades eram fantoches do Governo.

   E todos eles eram imunes ao Z-Vírus… À primeira vista Camila não pensou que aquela sua suposta imunidade fosse algo duradouro, chegou a considerar que apenas seu corpo reagisse diferente ao vírus e que em algum momento poderia adoecer e se transformar, mas Lucian havia sido mordido há sete anos. Então entendeu que estava enganada. Ela era completamente imune à mutação do Z, assim como todas aquelas pessoas ali. E isso era quase inacreditável.

   Em relação à sua recuperação, levou quase uma semana após aquele encontro com eles na enfermaria para que começasse a sentir menos dor em sua perna.

   Sarah a alertou de que havia sido uma fratura feia na tíbia e que a recuperação seria um pouco mais lenta – poderia levar até dois meses para que Camila pudesse “abusar” um pouco mais em corridas ou qualquer coisa que exigisse muito esforço de sua perna. Entretanto, na próxima semana ela já poderia caminhar com a tala cirúrgica e a ajuda de uma muleta, o que foi uma ótima notícia; já não aguentava mais ficar presa àquele catre.

   As visitas de Lauren se tornaram menos frequentes com o passar dos dias e Camila sentia-se estupidamente mal por isso até porque havia sido muito rude com ela da última vez que conversaram a sós, antes da reunião de todos ali. Não conseguia esquecer todas aquelas cicatrizes em suas costas, estremecia só de imaginar o terror pelo qual ela havia passado, lutando sozinha contra todos aqueles infectados.

   Sentia-se mal por tê-la tratado da maneira como tratou e ainda pior por não conseguir se redimir, já que ela sempre aparecia quando estava dormindo; Camila começou a pensar que ela estava querendo evitá-la. Sabia que estava certa sobre ela, seis meses atrás – Lauren não era uma assassina e agora sabia que nenhuma daquelas pessoas ali o eram, tampouco. Eles eram apenas sobreviventes em busca de uma verdade, um propósito maior. E Camila estava ali com eles, isso fazia dela uma “rebelde” também, os tão mal falados desertores.

   Estava em seu habitual leito naquele começo de tarde, depois de almoçar, e Sarah havia deixado um tablet com ela – quando fugiu de Ônix seu pen drive com arquivos do Curador estava no bolso de sua calça, em algum momento deve tê-lo esquecido ali, mas ele se quebrou na queda. Um dos rapazes, que não se lembrava o nome e que costumava cuidar dos computadores e sistemas do galpão, conseguiu recuperar alguns de seus arquivos e o transferiu para aquele tablet.

(Hiatus) Resistência Z | CamrenWhere stories live. Discover now