(Hiatus) Resistência Z | Camren

Capítulo 4: Fuga

Veio aí! Momentos de tensão e um pouco mais da nossa Lauren neste capítulo, meu povo 👀

Boa leitura!

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Ônix, Moradia dos Cabello
Por volta de 00h40
— Camila

Camila despertou com um susto quando agarraram-na pelo braço e a puxaram para fora da cama. O que estava acontecendo?

– Anda logo, para fora!

Ela logo percebeu que era um dos soldados do governador. Ele a empurrou para fora do quarto, apontando a arma em suas costas. Seus pais apareceram no corredor, desnorteados, e outro soldado apontou a arma para eles.

– Continue andando!

– O que está acontecendo? Camila! O que estão fazendo com ela?! – Sinuhe perguntou desesperada.

Antes de ser obrigada a descer as escadas ela viu que o outro soldado empurrou seus pais também. Mas que merda. Nicholas a havia avisado sobre estarem atrás dela, mas Camila não achou que isso aconteceria tão depressa. Só podia ser isso, não havia qualquer outro motivo para estarem apontando uma arma em suas costas.

Eles a fizeram sair da moradia, foi empurrada e quase caiu, sentindo uma fisgada em sua barriga. Olhou irritada para o soldado que vinha logo atrás empurrando-a.

– Segure ela! – Alguém gritou, se aproximando pelo outro lado.

Camila se virou e pôde ver outros dois soldados se aproximando, eles traziam alguém e empurravam-no aos tropeços até que o rapaz caiu ao estar perto dela. Ela paralisou de puro pavor ao reconhecer Nick, quando ele levou o rosto aflito em sua direção. Seus olhos estavam avermelhados pelo choro recente, a maçã do rosto machucada e as mãos amarradas. Eles não podiam ter feito aquilo...

– O que estão fazendo?! – Camila ergueu a voz, confrontando-os.

O soldado às suas costas bateu com a arma na parte de trás de seu joelho e ela caiu, enquanto a mão forte dele pousou sobre seu ombro para evitar que ela levantasse. Camila se perguntava se era mesmo necessário toda aquela maldita cena.

– Eu sinto muito, Mila... – Ouviu a Nicholas dizer e olhou-o novamente. Ele chorava. – Sinto muito... Eles iam matar meu pai, eles me forçaram a dizer!

– Cale essa boca! – O soldado Martínez desferiu um chute no rosto dele, fazendo-o rolar para o lado grunhindo de dor.

A gritaria ali começou a despertar as pessoas nas moradias mais próximas de onde estavam, elas começaram a aparecer nas janelas e sair nas portas para ver o que estava acontecendo e Camila trincou os dentes, nervosa. Não era para nada daquilo estar acontecendo.

– O que estão fazendo? – Alejandro gritou, mais atrás. – Por que estão fazendo isso com a minha filha?!

– Fique quieto aí, doutor. – Martínez disse entre dentes, apontando para ele. – Revistem ela. Anda!

Porra. Camila se angustiou, sabia que aquilo não acabaria bem. Quando o soldado que a rendia pendurou a arma no ombro e curvou-se para puxá-la pela camiseta, Camila não pensou direito, apenas agiu. Rolou para o lado e deu um chute na parte de trás de seu joelho, fazendo a perna dele fraquejar.

Ainda levantou e tentou correr, mesmo sem saber o que fazer, mas não teve tempo de ir muito longe porque outro soldado apareceu em seu caminho e bateu com a arma em sua perna, derrubando com força contra o chão frio. Sentiu a pontada de dor em sua barriga e em seu rosto, provavelmente o tinha ralado.