Capítulo 1: Rebeldia

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E vamos de primeiro?

Soltando o capítulo um pouco mais cedo pq hoje trabalho até as 22h e provavelmente vou chegar podre em casa só querendo dormir 😵

Os capítulos de RZ costumam ser grandinhos (entre 4.5k à 8k de palavras), espero que isso não canse a leitura pra vocês!

Boa leitura! 💀

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Ônix, 21 de Janeiro de 2158
Curador, 21h55
Camila

   Naquela noite, Camila ficou com seus pais no Curador após o toque de recolher. Eles tinham uma paciente incomum: Anabella Velásquez, a filha do governador de Ônix.

   Anabella era uma garotinha de sete anos de idade, Camila estava acostumada a vê-la pelas ruas da cidade sempre ao lado de Antonio Velásquez, seu pai e sub-governador da maior das três cidades muradas que compunham New Horizon. Ela estava com dificuldade respiratória e febre alta nos últimos dois dias, por isso o governador permitiu que eles trabalhassem após o toque de recolher, até o amanhecer se fosse preciso para curá-la.

   A boa notícia era que, depois de todos os exames que eles fizeram, havia poucas chances de ser uma infecção pelo Z - que era o que mais preocupava o governador. Ela não estava com a pele avermelhada e vinha tomando sua dose diária de Anti-Z normalmente, então havia esperanças mesmo estando bem debilitada.

   Eles acreditavam que talvez fosse apenas uma gripe forte ou algum tipo de virose, que seguiam sem conseguir identificar até o momento. Fosse o que fosse, iriam descobrir e tratá-la antes que se agravasse, pois qualquer tipo de vulnerabilidade no sistema imunológico era tudo que o vírus precisava.

   Camila estava na sala de raio-x analisando a placa de imagem que havia feito da caixa torácica da garotinha, quando uma estranha agitação começou do lado de fora.

   O toque de recolher era às 20h e depois disso apenas os soldados ficavam nas ruas da cidade para patrulhar, junto aos guardas nas guaritas no topo do muro perto do portão principal de acesso à Ônix.

   Começou como um burburinho, o que parecia uma conversa agitada prestes a se tornar uma briga. Então vieram as vozes alteradas, os passos pesados no piso de ardósia, algo se quebrando do lado de fora. Instantes em seguida, seu pai abriu a porta com um baque, segurando sua mãe pelo pulso, eufórico.

   – Graças a Deus, Mila. Venha comigo, precisamos sair daqui, rápido! – Ele agarrou o pulso dela também e saiu puxando as duas porta afora.

   – Mas... Pai! Espera! O que está acontecendo? – Camila quis saber, confusa, enquanto era arrastada pelos corredores do Curador e sentia o aperto forte dele começar a queimar sua pele.

   – Rebeldes. Da resistência. Os soldados não sabem quantos, mas eles invadiram a cidade. – Ele explicou sem parar de andar apressado.

   Camila sentiu o pavor dominar seu corpo, teria realmente paralisado se não estivesse sendo arrastada por Alejandro.

   – Onde eles estão?

   – Não se sabe, a Armada está à procura, mas aqui não é seguro.

   – Mas e a filha do governador? Ela não pode ficar aqui sozinha!

   – Não se preocupe com ela, o governador já ordenou que os soldados a levassem para a mansão junto com os equipamentos necessários. Eles... – Alejandro foi interrompido, ele parou abruptamente antes que chegassem à saída, projetando os braços à sua frente e de Sinuhe como se para protegê-las.

(Hiatus) Resistência Z | CamrenHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin