Parte 2: Capítulo 01

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O capítulo já está pronto e revisado, então pq soltar amanhã se posso soltar hoje? Já dizia um sábio 🤓
Então... Lá vamos nós. Agora o negócio vai começar realmente.

Apertem os cintos aí e vamo simbora, to planejando umas curvas bruscas nessa segunda parte de RZ hehe

Boa leitura!
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Novembro de 2158
Em algum lugar no meio do deserto...

Pelo menos sete dias já haviam passado. Ou talvez mais; talvez menos. Quem poderia dizer? Quando estavam presos vários níveis abaixo do solo, sem saber se era dia ou noite, se fazia sol ou se chovia, era difícil saber que dia era ou o que acontecia na superfície.

Por várias horas o grupo de sobreviventes caminhou. Caminharam, pararam, descansaram, dividiram um pouco do mantimento que tinham e então continuaram. Quando o cansaço era demais eles paravam, abriam os sacos de dormir e se acomodavam em algum lugar. As crianças foram as que mais sentiram aquela peregrinação — muitos comiam migalhas para deixar a maior parte para elas, assim como os sacos de dormir mais confortáveis para que elas se aconchegassem e pudessem descansar.

Ainda assim, não era o suficiente e nunca seria. O alimento que tinham consistia em barras de cereal vencidas, pães duros e carnes dessalgadas, mas não durou o bastante até que finalmente estivessem na segurança de um refúgio. Quando Lauren e Dinah avisaram aos outros que a comida havia acabado, houve uma agitação crescente que se tornou uma discussão. Ninguém queria morrer de fome e o medo levou todos ao limite daquela travessia.

A água já era escassa e logo faltaria também, então eles precisavam começar a tomar decisões bruscas. Apressar o passo para tentar vencer aquele túnel sem fim não era uma ideia inteligente, pois gastariam energia extra que não havia como repor. Mesmo diante dessa dificuldade, eles andaram um pouco mais rápido por algumas horas para tentar ganhar algum tempo.

Até que a primeira pessoa caiu doente — um dos soldados dos Corvos. De início acharam que era apenas o esgotamento, mas uma febre o consumiu em questão de horas e não demorou para ele apresentar os primeiros sinais de infecção pelo Z-Vírus. E ele não foi o único.

— Está no ar... — Camila disse em certo momento.

Um pouco afastados do grupo que descansava antes de continuarem, Camila estava reunida com Sarah, Ally, Dinah e Lauren. Outro soldado dos Corvos estava ainda mais afastado do outro lado, escorado na parede com uma manta enrolada em seu corpo enquanto ele tossia e se remexia, delirando devido a febre alta. Já era o terceiro deles que ficava doente nas últimas 24 horas.

— Faz sentido... — Sarah murmurou pensativa.

— Não nos afeta. Nós, que somos imunes... Está no ar e está infectando os seus homens porque eles não são como nós — a ex-curadora de Ônix completou seu raciocínio.

— Devem ser esporos — Dinah especulou. — Que merda.

— Isso começou a acontecer há um dia, no máximo. Se minha contagem do tempo estiver correta — Lauren disse em seguida. — Deve significar algo... Talvez estejamos mais próximos da saída. Esporos não poderiam ter brotado nesse túnel do nada. Certo?

— Talvez — Sarah respondeu. — Isso deveria nos trazer alívio, mas está fazendo exatamente o contrário. Se há esporos em direção à saída, sabemos o que isso significa... Nem todos irão sair vivos daqui.

— Não. Isso não pode acontecer — a comandante dos Corvos se opôs imediatamente.

— Meu irmão não é imune... — Camila disse, finalmente dando-se conta da dimensão daquele problema.

(Hiatus) Resistência Z | CamrenOnde histórias criam vida. Descubra agora