chapter 08

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LUÍSA

Depois de sair da sala de reunião, andei até a recepção, pronta para uma boa conversa com Ryder antes do meu almoço. Me aproximo depois dele atender algumas pessoas e sinto sua felicidade ao me ver, me inclinei sobre sua mesa e vi o computador cheio de nomes e senhas para atendimento.

— Muito lotado hoje?

— Ai... sim, não aguento mais. Vai almoçar agora, senhorita?

— Vou, só parei pra ver como você está. Faz tempo que não nos falamos.

— Estou ótimo, o apartamento novo está indo tudo muito bem. Annie me ajudou bastante. Também preciso almoçar, tu vai almoçar sozinha ou o príncipe vem te buscar?

Ryder penteou seus cabelos loiros com os dedos para trás e me encarou com seus olhos escuros. Olhei para meu celular e nenhuma mensagem de Samuel Lowe, o que me deixa chateada, mas nada melhor do que almoçar com um amigo né?

— Vou almoçar sozinha, quer vir?

— Adoraria! Tu sempre escolhe os melhores restaurantes.

Ele organiza suas coisas e a substituta de Ryder chega, nos cumprimenta gentilmente enquanto saímos. Andamos poucos quarteirões até chegar no nosso restaurante favorito perto da empresa, eu tenho vários restaurantes favoritos, quem não ama comer? Ainda mais que estou comendo por três, tudo parece três vezes mais delicioso.

Na fila para o caixa, no caso eu e Ryder sempre pagamos antes, porque conversamos demais e precisamos sair correndo para empresa, costume nosso. Único restaurante que vejo que tem duas opções, pagar antes ou depois. Paga antes normalmente quem já come aqui várias vezes.

Um homem alto e elegante de terno deixa seu cartão cair, me agacho e o chamo assim que me levanto com o cartão em mãos.

— Olá... Seu cartão caiu.

Ele se vira e vejo quem menos queria ver em mil anos, nem pintado de ouro.

Patrick, meu ex. Nos espantamos um com o outro, escuto um resmungo do Ryder atrás de mim e bufei.

— Obrigada, Luísa. Você está ótima!

Ele me olha de cima a baixo parando na minha barriga que escondo colocando a bolsa na frente e desviando o olhar, porém, vejo seu sorriso de canto.

— Quanto tempo de gestação?

— Quase cinco meses... Porém não te interessa né, Patrick?

Ele sorriu e aceitou o cartão que eu estava entregando, agradeceu baixo novamente e terminou de pagar, mas estou curiosa com o que ele está pensando. Conheço Patrick a dois anos, sei quando ele pensa algo de mim

— Quase cinco meses que terminamos, não é, Luísa? Aliás, você está me devendo um jantar, me ligue, precisamos conversar. Por favor, ligue mesmo.

Entregou seu cartão de visita, o peguei e joguei na bolsa com desinteresse. O mesmo foi se sentar numa mesa qualquer. Ryder bufou e começou a pagar o almoço dele e eu também.

— Não sei quantas satisfações tu precisa dar para esse idiota e o que tu quer com esse cartão de visita? Entrega aqui.

Ryder pega o cartão da minha bolsa, pede uma caneta descaradamente para o atendente e escreve "Oi Patrick, querido ex, fique com esse cartão pois não preciso de você, os filhos não são seus, se é o que pensa!!"

— Agora devolve para ele esse cartão, Lulu.

— Depois eu coloco fora. Não causa encrenca, se formos expulsos daqui eu nunca mais vou te perdoar, amo essa comida.

Grávida de um desconhecido Donde viven las historias. Descúbrelo ahora