chapter 02

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LUÍSA

- Não! Isso que eu disse é só um problema que vou resolver no futuro, não se preocupe Luísa. Não ache que não estou casando por causa de você.

Ele afirmou arrumando os cabelos macios e me encarando com diversão.

Droga, estou mais curiosa ainda. Para o meu azar, meus queridos hormônios me fizeram lacrimejar sem motivo algum.

- O que aconteceu? Você está bem, Luísa?

Vi o desespero do Samuel e assenti limpando a única lágrima que caiu, vou ficar louca com isso.

- São os hormônios, precisarei aguentar muito isso. Agora vamos terminar de conversar sobre nosso filho.

Enxuguei as poucas lágrimas e respirei fundo para tentar me recompor. Samuel arrastou na mesa seu copo com água e em seguida recolheu sua mão e eu bebi agradecendo e respirando fundo.

- Tudo bem... Mas se precisar de algo, sentir dor... me fale, por favor. Mas voltando ao nosso filho, devemos começar na conversa de quando ele ainda está na sua barriga, estou tão animado para quando ele nascer mas vamos um passo de cada vez. Precisamos nos conhecer direito, apesar de eu saber o suficiente. Não quer morar comigo?

Isso é muito, como vou morar com um estranho? Tudo bem, eu sei que engravidei dele mas não foi nada planejado, isso eu posso planejar e não!

- Não! Eu preciso continuar cuidando da minha mãe até meu pai voltar de viagem, preciso trabalhar e meu trabalho não deve ser nada perto do seu bairro de ricos. E isso é uma loucura!

Enquanto eu enlouquecia aquele homem de palavras, ele apenas me olhava quieto como se nada daquilo que eu estava falando era um problema. Mas é, são vários.

- Vá você e sua mãe para minha casa. E eu só dei essa ideia porquê quero acompanhar sua gravidez de perto. Ver sua barriga crescendo, seus enjoos, quero te ajudar... te conhecer.

- Você é CEO, não pode tirar folga quando quiser? Aí você vai me ver ou vá nos finais de semana. Posso ir na empresa também. Simples.

- Não vai ser a mesma coisa. E não é porquê sou CEO que falto quando quero, preciso dar o exemplo como chefe. Ah não vou mentir as vezes eu falto mesmo, mas só por extremos. Enfim, tudo bem, não vou te obrigar a nada, porém, ainda conversaremos sobre isso assim que seu pai voltar de viagem. Outra coisa é as consultas e médicos, tudo sairá do meu bolso e quero te acompanhar em tudo.

- Você sempre quis ter filhos?

Troquei o rumo da conversa e Samuel percebeu isso, então me ofereceu um sorriso desafiador, mas seguiu com a minha pergunta.

- Não, mas na minha mente vem você com um belo barrigão carregando ele... me faz querer.

Tentei não sorrir com o comentário então bebi mais um pouco de água. Samuel não tira o sorriso do rosto, não sei como suas bochechas não doem. Mas não parece um sorriso falso, é como se eu sentisse que aquele sorriso é involuntário.

- Estou impressionada com a sua empolgação, Samuel.

- Por mais inesperado que seja, é meu primeiro filho. Não sei se quero ter outro, então é melhor aproveitar ao máximo essa experiência.

- Pensei que você iria querer outros filhos. Pela sua animação, apenas deduzi.

Olhei para a rua tentando disfarçar minha feição de curiosidade e tentar achar outra coisa para pensar.

- Não tenho certeza se a mãe do meu primeiro filho quer ter mais, depende dela. Se fosse dela, eu adoraria outro.

- Você está me seduzindo?

Grávida de um desconhecido Where stories live. Discover now