chapter 09

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SAMUEL

Me afastei de Luísa e ela se levantou atordoada enquanto eu sorria igual bobo acariciando seus cabelos macios, os tirando do rosto dela.

— Samuel... não torne mais difícil, por favor... Não podemos ficar juntos. – Ela segurou minha mão em sua cabeça e a tirou dali como se não gostasse do afeto - Você quer continuar com a empresa e não quer minha ajuda para isso, então não me meta no meio de você e a Elina.

— Só hoje, esqueça casamento, esqueça meus problemas. Me beija.

A beijei novamente e ela sorriu entre o beijo. Peguei na sua cintura nua e a acariciei, enquanto Luísa passava os braços pelo meu pescoço. Como queria coloca-la naquele balcão e fazer o que quisesse. Mas ela teve uma ideia mais confortável.

— Vamos para o quarto...

Luísa ordenou e foi me puxando para o quarto. Quando entramos no cômodo, ligamos a luz e fechei a porta com o pé. Retirei minha camisa com facilidade e joguei em algum canto do quarto, que com certeza eu demoraria a achar mais tarde. Luísa me beijou passando a mão por meu corpo e eu sorri satisfeito por ter seu toque.

Caímos na cama e eu me ajeitei em cima dela para ser confortável para os dois. Parei o beijo para observa-la, meus olhos passavam de seus olhos à seus pés. Essa mulher é encantadora, com a barriga grande fica mais sexy ainda e o formigamento lá embaixo só aumenta.

— No que está pensando? – ela perguntou enquanto desfivelava meu cinto e o jogava para longe – Compartilhe o pensamento...

— No quanto eu gosto de ver você grávida. 

— Será a última vez que verá! – ela sorriu e só consegui pensar "não brinque com isso" - Não me olhe assim.

Esperei ela abrir minha calça para deita-la novamente e tirar seu sutiã. Acariciei seus seios com delicadeza e os beijei lentamente, as pernas de Luísa se contorciam o que me fazia rir ao ver seu desejo por mim.

— Seja carinhoso, eles estão sensíveis.

Nossa noite foi tão agitada e maravilhosa... Luísa gozou tantas vezes que não consegui nem contar a que horas paramos. Esquecemos todos nossos problemas tão rápido. Não sei explicar como eu estava a desejando sem perceber.

Desperto com a luz do sol no meu rosto, abri meus olhos e Luísa me encarava, ela não está com cara de sono, então acordou faz um tempo. E nem para me chamar!

Luísa passou a mão para tirar meu cabelo do rosto e sorriu, encantadora.

— Que horas são? – a abracei e vi que ela continuava nua assim como eu. Ela está quente por estarmos embaixo de um edredom grosso e isso só abriu mais portas para eu ficar a abraçando por horas – Hoje eu tinha que passar na empresa...

— Não é muito tarde, nove horas da manhã. Acordei com teu celular tocando, fui guardar a janta de ontem e voltei para ficar deitada com você.

— Não viu quem estava ligando?

— Sua mãe, ia atender para você ou te acordar mas teu celular acabou a bateria uns minutos depois. Está carregando na sala. Ainda vai para empresa?

— Porra, Luísa, ainda pergunta? Você está nua do meu lado e acha mesmo que eu iria trabalhar num sábado, sendo que posso ter essa visão o dia todo? Não vou mais.

— Não quero fazer sexo agora e sei que você ia me puxar agora para isso. Quero conversar um pouco. – Concordei e esfreguei meus olhos enquanto ela começava – Eu sei que hoje de madrugada você viu o número do meu ex na minha bolsa.

A lembrança de nós saindo do banho me vem a mente. Foi quando Luísa pediu para eu pegar o celular dela e ver a hora, como estava sem bateria ela deixou com que eu pegasse o carregador na sua bolsa, fazendo com que eu veja o cartão de visitas daquela Patrick.

Fiquei bem curioso na hora, mas decidi ignorar para não dizer que estou com ciúmes e eu e Luísa brigarmos sem querer. Mas me segurei para não perguntar.

— Não precisa se sentir na obrigação de falar algo, Luísa...

— Eu terminei com ele no dia que nos conhecemos, quando disse a ele, essa semana, os meses dos bebês, ele deduziu que poderia ser dele já que éramos bem... ativos. Mas enfim, foi difícil me separar do Patrick, nós queríamos noivar, não sei o que eu tinha na cabeça em pensar ficar com aquele homem. Se as fofocas começarem a sair e ele te procurar, eu sinto muito, ele é louco demais.

— Não se preocupe com isso, saberei dar um jeito nele. Parece que o relacionamento de vocês não era dos melhores, espero que ele não vá atrás de você.

— Não vai... – ela ficou pensativa mas logo pareceu parar de pensar qualquer coisa – Agora estou querendo sexo matinal. O que acha?

A puxei pra ficar em cima de mim. Ela se inclinou e me beijou fazendo com que sentisse minha ereção na sua coxa. Sorrimos e ela ia me beijar novamente, quando escutamos o interfone sendo tocado. Nós dois soltamos o ar e ficamos emburrados. Quem quer que seja, vai pagar por essa interrupção.

— Droga, vou ver quem é.

Mesmo relutante a soltei e ela se levantou, colocando um roupão de seda curto, meus olhos com certeza brilharam ao ver. Então ela saiu do quarto arrumando seus lindos cabelos loiros e eu me encostei na cabeceira esperando Luísa voltar, acreditei que a visita não seria para mim.

Ela voltou correndo jogando meu celular para mim, o que machucou minha barriga e gemi de dor. A mesma procurou rapidamente uma roupa e tentava a colocar.

— O que foi? Quem é?

— Sua mãe descobriu meu endereço e está aqui! Como ela sabia que você estava aqui? Se vista rápido. – Me apavorei e procurei minhas roupas pelo quarto. Me vesti ainda morrendo de sono e surpresa – Tu precisa me dar uma boa explicação, Samuel Lowe!

— Não faço ideia de nada, não sei nem porquê ela está me procurando.

Já vestidos a campainha tocou, Luísa me empurrou para fora do quarto e fechou a porta de todos os cômodos, com certeza pra minha mãe não reparar na bagunça que era inexistente, mas na cabeça da Luísa tem bagunça, então tem.

Andamos até a porta e dei um beijo na testa da Luísa, tentando passar tranquilidade. A mesma respirou fundo e abriu a porta.

— Oi, Luísa e olá, meu filho. Precisamos conversar.

— Sim, precisamos, mãe.



cap bem curto mas o outro espero que compense


Grávida de um desconhecido Where stories live. Discover now