chapter 07

634 51 0
                                    

DOIS DIAS DEPOIS

SAMUEL

Acordo novamente com a cama fria ao meu lado, me levanto e vou para o banheiro, escovo os dentes rapidamente, me despi e entro debaixo do chuveiro, sentindo a água quente no meu corpo, relaxo os músculos enquanto gemo de satisfação. Para acordar mesmo, é indicado água gelada, porém, prefiro água quente e relaxar os músculos. Porquê qualquer dia na empresa meus músculos não aguentam.

Lavo meus cabelos lentamente enquanto penso em Luísa. Ela está dormindo no quarto de hóspedes e Tanner em outro, ontem não fizemos basicamente nada. Hoje combinamos de eu a levar para o trabalho, seu turno vai ser só pela manhã por conta de algumas coisas que estão fazendo na empresa dela e o chefe dela liberar pelos enjoos, então ela vai cuidar de Tanner o resto do dia. Tanner mesmo ofereceu qualquer coisa para Luísa, mas ela não quer nada em troca agora, mas que um dia pediria, não dinheiro, mas algum favor.

Sinto medo do que ela vai pedir.

Limpo o box de vidro, tirando o vapor e um pensamento vem em minha mente. Como será quando eu der banho nos meus filhos, será que até eles nascer eu e Luísa estaremos normais um com o outro? Sei lá o que seria normal agora.

Tenho um pressentimento que não.

Desligo o chuveiro, pego a toalha e me enxugo, saio do banheiro e abro a porta para o closet, procurei um terno Armani qualquer e vesti, voltei para o banheiro e penteei meus cabelos. Saio do quarto fechando a porta. Viemos para minha cobertura pois é mais perto tanto da minha empresa, quanto da empresa da Luísa.

Ando até a sala e vejo Tanner e Luísa sentados conversando e rindo, cinco horas da manhã e eles estão rindo assim?

Assim que eles escutam eu me aproximar, me olham. Luísa já está pronta, com uma linda saia preta e uma blusa de botões branca, realçando bastante sua barriguinha. Tanner está com sua calça de pijama e sem camisa.

— Samuel, hoje nossos filhos estão muito agitados, vem sentir!

Ela falou com empolgação e eu me sentei ao lado dela já sorrindo, a mesma pegou minhas mãos e posicionou onde estava dando os chutes, comecei a acariciar encantado. Luísa sabe o quanto eu gosto de senti-los.

— Se vocês ficarem mais cinco minutos aí, os dois vão se atrasar.

Luísa se levanta rapidamente me fazendo tirar as mãos de sua barriga. Suspiro querendo bater no Tanner e levanto também.

— Tanner, eu vou voltar antes do almoço, se eu me atrasar, peça para a governanta mandar fazer seu almoço, okay? Vamos Samuel?

— Tchau Tanner, até mais tarde, vê se não fica andando muito, a governanta e o pessoal já vão chegar pra te ajudar e lembre que tenho câmeras na casa, nada de trazer mulheres ou até homens aqui.

— Não entendi o que está insinuando mas ok, eu sei que tem câmeras.

Ele concordou com um sorriso brincalhão. Peguei minha mochila com o notebook e algumas pastas e também a chave do carro. Então saímos da cobertura e fomos para o elevador. Apertei o botão para o subsolo onde está meu carro e Luísa perguntou hesitante.

— Você já está falando com a sua família?

— Não, mas semana que vem serei obrigado a falar.

Falei sem humor, não estou afim de ver meus pais ou minha enorme família. Festas de família costumam se encher de fofocas, pelo menos a minha.

— Por quê será obrigado?

— Aniversário da minha mãe. Os aniversários dos meus pais são sempre tão extravagantes, convidam a família inteira, sem contar o tanto de amigos. Preciso ir de qualquer jeito.

Grávida de um desconhecido Where stories live. Discover now