CAPÍTULO VINTE E TRÊS

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AVISO: Esse capítulo contém cenas de violência [💢]. Há menções a explosões, tiros, e uma morte, porém nada explícito, por isso não resumi.

Bem-vindes de volta, meus amores. Espero que aproveitem o capítulo. Não esqueçam de deixar o votinho e os comentários, que sempre me encorajam demais, demais ♡

#RenegadesJKJM

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𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑽𝑰𝑵𝑻𝑬 𝑬 𝑻𝑹𝑬𝑺

[ Seul, 24 de setembro, 2020 ]

A visita é inesperada, embora não indesejável.

Jimin passou a semana enterrado em livros por causa de um trabalho a ser entregue hoje cedo, sua vida social e sanidade mental arcando com as implacáveis consequências.

Devem ter se passado sete dias inteiros – ou talvez até mais – desde que ele ouviu a voz de outra pessoa senão sua própria e a de colegas de sala e trabalho – cujas palavras caíram em ouvidos surdos, de qualquer modo. Privar-se de quaisquer distrações é uma parte necessária de sua imersão em deveres atrasados, e é um método que funciona, mas Jimin não poderia estar mais pronto para restaurar algum senso de equilíbrio aos seus dias.

Alívio parcial é o que ele mais sente ao sair da universidade, mas certamente é entorpecido pela onda de calor avassaladora que o atinge quando ele entra no metrô. Não há espaço pessoal a ser preservado quando se trata do pico no horário do almoço, mas Jimin tenta, encaixando-se em um espaço vago ao lado da porta, que ele força a se moldar na forma precisa de suas curvas.

Com os fones de ouvido conectados ao telefone, ele fecha os olhos e ignora o leve chacoalhar do vagão, perdido nas palavras de uma música que ele canta mentalmente – sem realmente prestar atenção ao que fala.

Ele está entre Dangsan e Hapjeong quando a melodia é interrompida repentinamente, perturbada por uma chamada da última pessoa que ele imaginaria quebrar seu celibato social. Bem, talvez não a última pessoa, mas certamente não a primeira em sua lista – ou mesmo a segunda, décima.

Seu pai.

Jimin espera até que o trem alcance a estação e as portas se abram antes de responder, aproveitando os poucos segundos de espaço para respirar antes que desapareça novamente.

"Oi, pai. Não consigo falar agora," diz ele, tentando ser discreto.

"Ah, você ainda está em aula? Pode me ligar quando sair."

"Tô no metrô, na verdade. É urgente?"

Seu pai nega com alguns murmúrios casuais, sua voz calma como normalmente é. "Cabe a você decidir. Estou na cidade e queria almoçar com você."

Jimin olha para o quadro acima de sua cabeça para checar sua localização e suspira. "Onde o senhor está?"

"Perto da SNU. Eu ia te dar uma carona, mas acho que estou atrasado."

"Devo chegar na City Hall em quinze minutos, posso guardar uma mesa pra gente no 395?"

Ao fundo, Jimin ouve os sons distintos de seu pai atrapalhando-se com o telefone e o cinto de segurança, de alguma forma acionando a buzina. Ainda extremamente autoconsciente de seu entorno, Jimin morde a língua para conter sua risada.

A genética deles é forte, está bem?

"Ok, estarei lá em meia hora, no máximo."

Jimin murmura. "Não bata o carro. Até daqui a pouco."

RENEGADES • [jjk + pjm]Where stories live. Discover now