RENEGADES • [jjk + pjm]

CAPÍTULO TREZE

#RenegadesJKJM

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𝑪𝑨𝑷𝑰𝑻𝑼𝑳𝑶 𝑻𝑹𝑬𝒁𝑬

[ Seul, 11 de julho, 2020 ]

Estava tão abafado que Jimin mal dormiu durante a noite.

Seu ventilador era barulhento demais, até mesmo os lençóis mais finos eram muito sufocantes, mas, por outro lado, ele também não conseguia dormir direito sem sentir algum tipo de peso sobre ele. No geral, ele teve uma noite de sono terrível e, conforme a manhã se aproximou, o ar ficou ainda mais abafado.

Daí porque Jimin decidiu, pela primeira vez, não fazer nada o dia todo.

Ele já tomou um banho gelado e agora está sentado em sua sala com a porta da varanda e as janelas completamente abertas, seu ventilador posicionado ao lado da TV apontando diretamente para ele. Não há quantidade de água no mundo que possa amenizar a onda de calor que o atingiu e, se é que fez algo, apenas aumentou a frequência de suas idas ao banheiro.

Pelo menos Jimin lavou suas roupas ontem à noite e, embora tenha uma pilha de papeis para examinar e um trabalho que poderia usar uma pesquisa de antemão, ele sabe que não há nenhuma possibilidade de ele ser produtivo, dado o quão desconfortável se sente agora.

Então Jimin ignora a voz irritante em sua mente gritando com ele por procrastinar tanto e se esparrama no tapete, não prestando muita atenção ao programa que está passando na TV.

Na maior parte, Jimin está envolto numa corrente de mensagens sobre fofocas sem sentido com Jihyo e Taehyung, e conforme a hora do almoço se aproxima, ele se pergunta se deveria pedir comida tailandesa ou japonesa desta vez. Não é um pensamento que o entretém por muito tempo, no entanto, porque quanto mais ele escuta o mesmo tom de voz vindo da TV e aguarda a próxima mensagem, menos ele está prestando atenção em qualquer outra coisa.

Com algum alívio direto vindo do ventilador, Jimin sente seus ossos começarem a derreter sobre o tapete enquanto cede a uma soneca bem merecida. Não é o mais confortável dos lugares para dormir, mas agora poderia muito bem ser uma cama king-size.

Ele não cai em um sono profundo, apenas se desconecta o suficiente para perder toda a sensibilidade à realidade, mas não o suficiente para se entregar a sonhos sem sentido. Dura talvez uma ou duas horas, ele não sabe dizer precisamente, embora seja acordado pelo som de um molho de chaves chacoalhando em algum lugar por perto.

Jimin abre os olhos lentamente e tenta ganhar controle de seus sentidos mais uma vez, sua língua seca por ter dormido com a boca aberta bem na frente do ventilador.

Leva a ele muito tempo para perceber que Wonho está parado na porta de entrada. Mas assim que o faz, ele imediatamente desperta.

"O que você tá fazendo aqui?" ele questiona enquanto se levanta, mas ambos sabem que Jimin não espera uma resposta. "Achei que tinha sido claro quando disse para você vir quando tivesse certeza que eu estaria fora."

Wonho assente, embora seus movimentos não sigam a mesma lógica. "Eu sei," ele admite, entrando no apartamento.

"Suas coisas estão na lavanderia," Jimin diz, pegando seu telefone do chão e ajustando a camisa em seu corpo, puxando seu short para cima quando ele desliza para baixo com o movimento.

Seu celular precisa ser carregado, e Jimin vê isso como uma oportunidade para ir furtivamente para seu quarto e não sair até ter certeza de que Wonho foi embora, mas seus planos são frustrados quando o mais alto o interdita no meio do caminho com uma mão em seu cotovelo.