28 - Cumprindo o dever

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     O longo voo trouxe o destino, as hortas da família Fotossíntese estava diante dos olhos, pousando entre os mais diversos tipos de alimentos que constituía a imensa plantação, o trio admirava toda a beleza natural presente ali, de volta a form...

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     O longo voo trouxe o destino, as hortas da família Fotossíntese estava diante dos olhos, pousando entre os mais diversos tipos de alimentos que constituía a imensa plantação, o trio admirava toda a beleza natural presente ali, de volta a forma humana para poupar magia discutiam o decorrer da tarefa, quando Skadi questionou:

     — Então otários, como vamos fazer essa porcaria de tarefa?

     — Qual é o seu problema garota? — Enfurecido com as palavras usadas pela colega, Urion a confrontou. — Por que fica nos chamando de otários o tempo todo?

     — Porque esse é o título que vocês merecem. — Exalando arrogância, Skadi completou sua resposta. — É assim que eu chamo todos os servis.

     — Mas você também não é uma servil? — Sem entender todo aquele ódio, Urion questionou veementemente.

     — Nunca mais me ponha como uma otária novamente, seu otário! — Enfurecida, Skadi contou sua origem. — Eu pertenço a família Invernia, me chamo Skadi Invernia.

     — Eu conheço bem a família Invernia, é uma das principais famílias reais do mundo magico. — Confuso com as informações, Urion perguntou. — Mas você sendo de uma família tão importante, o que faz na esquadra amarela, por que não está na esquadra azul?

     O questionamento trouxe uma grande magoa, perante as suas feridas, Skadi ficou em silencio e manteve-se assim por um tempo, quando a sua voz voltou, a garota optou por esquivar da pergunta e seguir contando sua estratégia:

     — Vamos nos separar, assim teremos um campo de visão maior no caso de alguém invadir as hortas. — Encaminhando-se para a esquerda, Skadi orientou. — Eu vou por esse lado, tratem de vigiar o outro lado seus otários.

     Mesmo contragosto, Sorah e Urion acataram o comando e dirigiram-se para a direita, no ponto onde acreditavam ter o melhor campo de visão mantiveram-se ativos frente a todos os acontecimentos nas proximidades. A falta de ação tornou aquela tarefa maçante, sem muito o que fazer e com uma grande carga de tédio, Urion usou aquele momento para falar sobre o ocorrido anteriormente:

     — O que você acha que há de errado com aquela garota?

     — Não faço ideia. — Sorah respondeu de forma inconclusiva.

     — Eu acho que ela é uma louca. — Usando o momento para desabafar seu ódio, Urion hostilizou. — Desgraçada preconceituosa.

     — Shiu! — Com um sinal de silencio, Sorah interrompeu os xingamentos do amigo.

     — Agora você vai defender ela? — Sem entender a intromissão, Urion questionou.

     — Silencio. — Sussurrando, Sorah contou. — Não é isso, eu vi uma movimentação estranha.

     A movimentação suspeita acabou com a conversa e voltou todos os esforços de Sorah e Urion para a proteção das hortas, com os olhos atentos, mantinham-se ativamente observando todo o perímetro. O som de magia sendo lançada e sobre a horta Skadi lutava contra um ser desconhecido de asas imensas de tom metálico, em seu braço direito garras afiadas que usava para atacar, com dificuldades Skadi esquivava dos golpes, era difícil reconhecer o tal ser, pois parte do seu rosto era coberto por um chapa metálica e seus cabelos compridos deixava apenas os olhos a vista.

     Os golpes de Skadi não tinham efeitos perante a armadura que seu inimigo usava, a luta parecia totalmente desproporcional a superioridade do ser era imensa e mesmo com todos os seus esforções, Skadi não conseguia dar nenhum golpe efetivo, por outro lado seu inimigo não parecia querer lutar e posicionou na defensiva, ao esquivar o ser desconhecido afastou-se e gritou:

     — Pare de me atacar!

     Mesmo diante de uma ordem de trégua, Skadi continuou a atacar e em alta velocidade partiu para cima de seu inimigo, furioso com o desacato de suas ordens o ser abriu suas garras metálicas e golpeou Skadi ferozmente. O sangue respigou pelo ar, e o forte golpe derrubou Skadi sobre o plantio, as garras abriram uma grande ferida no ombro da garota que sangrava bastante.

     Vendo sua companheira ferida, Sorah e Urion correram para ajudá-la, mesmo com medo os dois partiram para o campo onde a batalha acontecia. Tentando ajudar, Sorah estancava o sangramento ao pressionar a mão sobre o ombro de Skadi, Urion não se intimidou perante a derrota da companheira, transformou-se em ser magico e travou uma nova batalha contra o ser desconhecido.

     Lutando com todas as suas forças, Urion dava o seu máximo na batalha, mas não chegava nem perto de acertar seu adversário que esquivava com agilidade, vendo seu companheiro em total desespero, Sorah não sabia como ajudar, pois, suas habilidades em batalhas eram pouco desenvolvidas, por outro lado Skadi sentia ódio e buscava por vingança, retirando a mão de Sorah de seu ferimento intercedeu:

     — Ajude na batalha, pode deixar que eu me cuido sozinha!

     Surpresa com a atitude, Sorah levantou-se e decidiu que era o momento de intervir na batalha, sua magia carregou e ao ativar sua transformação seu corpo não resistiu e falhou durante a mudança para a forma mágica. Essa falha despertou a ira de Skadi que mesmo sentindo dores levantou e agressivamente falou:

     — Você não serve para nada sua otária! — Bateu suas asas e voou.

     Mesmo numa luta de dois contra um a vantagem estava com o ser desconhecido que não fazia esforço algum enquanto Urion e Skadi davam o seu máximo na batalha e não conseguiam sequer tocar em seu inimigo. Entre a batalha surgiu uma forma espectral cinza que se movia pelo ar e quase como um flash acertou um ponto vital no pescoço de Urion em seguida no de Skadi e os dois apagaram instantaneamente e declinaram ao solo, porém, o espectro os segurou pelos pés, pousando vagarosamente a voz do espectro cinza soprou:

     — Titânio, você não precisava ferir as crianças. — Deixando Urion e Skadi no chão, concluiu ao falar. — Viu como era simples?

     "Calma, respira fundo, a minha vida e a dos meus companheiros estão em minhas mãos, eu não posso falhar." Com esse pensamento a forma magica de Sorah desencadeou-se, partindo para o ataque a garota pegou um galho que estava próximo e usou como arma, em velocidade voou e ao aproximar-se do espectro usou toda sua força para acerta-lo, ao que parecia seu golpe iria funcionar no entanto o galho encostou e o atravessou sem causar-lhe dano algum, insistindo em atacar, Sorah usou o mesmo método por diversas vezes, porém, o espectro estava com a magia "intangível" ativa o que lhe permitia atravessar a matéria fazendo com que todas as tentativas de golpeá-lo falhassem.

     Enquanto era atacado fervorosamente, o espectro pareceu paralisar, aquele rosto, a magia que percorria o corpo daquela criança desconhecida chamou-lhe bastante atenção, era um tanto familiar. Após ver diversos ataques falhos de Sorah, do alto o ser desconhecido que havia sido intitulado como Titânio gritou:

     — Então Silfo, não era fácil acabar com essas crianças?

     Como se despertasse de um transe o espectro afastou-se de Sorah agilmente, após tomar distância impulsionou-se e logo estava nas costas de Sorah, próximo ao ouvido da garota sussurrou:

     — Se pretende evoluir, procure-me nas terras sem lei.

     Essas foram as últimas palavras que Sorah ouviu antes de apagar.

Há MagiaWhere stories live. Discover now