Um céu real e uma terra servil dividiram uma sociedade em mundo onde há magia.
Em meio a conflitos o mundo mágico moldou-se em sua imensidão, cheio de histórias e tradições, seres mágicos convivem entre ordens e leis, ramificados por classes e famíl...
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Assim que Sorah se distanciou do vilarejo da Esperança, Urion transformou-se em ser magico e a seguiu pelos céus. Era extremamente difícil segui-la discretamente e mantendo a distância sem perdê-la de vista, o percurso parecia perigoso e a escuridão causava certo temor, mas ele se mantinha firme no encalço da amiga.
Depois de voar por horas a vegetação verde dava espaço ao deserto de areia vermelha, cenário que gerou grande espanto em Urion, pois ele reconheceu se tratar das terras sem lei, lugar no qual seus pais o proibiam de frequentar por ser extremamente perigoso e lar dos desertores, antes com medo agora apavorado, mesmo com esse sentimento forte quase o dominando, ele ainda seguia seu propósito.
Vendo Sorah pousar logo adiante, o garoto desacelerou o voo e tentou se ocultar para não chamar atenção. Alerta em relação a ações da amiga, ele a viu saltar dentro de uma larga trincheira e desaparecer no grande buraco escuro, com receio de ser descoberto, sua estratégia foi manter-se nos arredores e observar a movimentação em torno daquela grande vala e assim descobrir algo ou montar uma boa estratégia para conseguir respostas e resolver todo aquele mistério sobre o passeio misterioso de sua amiga.
Caminhando vagarosamente na trilha rodeada pelas imensas paredes de areia, Sorah estava extremamente triste, esse sentimento tornava sua determinação ainda maior, pois ela não queria se sentir assim nunca mais. Em meio a escuridão da trincheira uma luz se acendeu e mirou no rosto dela, em seguida uma voz alertou:
— Você não pode entrar aqui! — A visão foi se ajustando e a luz revelou o rosto rígido de Titânio, com sua musculatura se impôs impedindo a entrada da invasora.
— Sou eu, Sorah. — Com uma voz fraca, ela falou.
— Eu sei! — Com autoridade, Titânio se impôs. — Mesmo assim não pode entrar!
— Eu sou uma desertora vermelha honoraria, nomeada pelo Silfo, logo tenho o direito de entrar aí tanto quanto você. — Discutindo com seu opositor, Sorah o desafiou. — Vai descumprir as palavras de seu líder?
— Eu sei, me lembro dessa péssima decisão dele. — Cerrando os olhos, Titânio contra-argumentou. — Você deve avisar antes de vir as terras sem lei, não pode entrar sem autorização.
Surgindo das sombras, Silfo deu alguns passos e ficou atrás de Titânio, depois de ter escutado aquela discussão, ele decidiu intervir:
— Está tudo bem Titânio, deixe-a entrar.
Extremamente aborrecido por ter sido contrariado, Titânio cerrou os olhos ao encarar Sorah, mesmo enfurecido, ele afastou seu corpo para a lateral e abriu espaço para a passagem da garota que fez sua rota desta vez seguindo Silfo. Depois de alguns passos, Sorah desabou, os sentimentos que ela tentava esconder acabou a sufocando e desencadeou um choro, vendo aquelas lagrimas escorrem derramando tristeza, Silfo tratou de aproximar-se e aconchegou-a, tentando resolver a situação, ele questionou-a:
