حل

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Lurin Muhammad bin Zayed bin Al Nahyan | Point Of View

Não consegui pregar os olhos durante toda a noite, minha preocupação com Ayra era maior que meu sono. Passei a noite velando seu sono e observando as enfermeiras entrando a cada hora para checar se tudo estava bem.

Ayra veio acordar no começo da manhã, um pouco desnorteada ela começou a chorar quando tomou ciência do que havia acontecido.

— Coma mais um pouco... – Pedi vendo minha irmã brincar com a gelatina.

— Estou sem apetite. – Ela me encarou com seus olhos que eram idênticos aos meus.

— Ficar sem comer não vai resolver os problemas.

— Por favor sem sermões. Eu já fui punida o suficiente!  – Minha irmã abaixou a cabeça e eu recuei ao notar seu choro.

Me sentei ao seu lado na cama e puxei seu corpo magro para meu colo, ela se agarrou em mim e deixou que um choro sofrido tomasse ela. Mesmo com meu coração apertado por ver minha pequena chorar tanto, me mantive forte acalentando ela até que parasse de chorar.

Ayra adormeceu nos meu braços e só então deitei seu corpo corretamente e aproveitei para fazer algumas ligações para Zayn e Normani, troquei algumas mensagens com Camila. A mesma demostrou muita preocupação com o estado da minha irmã, por isso tratei logo de acalmá-la e dizer que estava com saudades dela.

Minha mãe chegou ao hospital com sua escolta, alegando que meu pai ficará para resolver as coisas na delegacia e também para controlar as especulações que a mídia já estava fazendo. E como uma boa mãe superprotetora agarrou minha irmã mais nova como se a sua vida dependesse daquele contato, e não soltou até que a médica que estava atendendo Ayra veio e a levou para uma ultima bateria de exames antes que ganhasse alta.

— Você está diferente! – Minha mãe se aproximou me observando atentamente. — Qual é o nome dela? – Minha mãe possuía esse dom e saber as coisas sem elas precisarem ser ditas.

— Por que acha que tem uma mulher envolvida? – Resolvi brincar um pouco ela.

— Oh minha filha, não subestime a sua mãe! Lhe conheço muito bem para saber que esse brilho nunca antes visto em seus olhos, tem como causa uma mulher. – Minha mãe disse sorrindo.

— Ela se chama Camila... – Suspirei ao lembrar dela e o quanto sentia sua falta.

— Uma latina. – Ela soboreou a novidade com um sorriso largo no rosto. — Eu já deveria saber que somente uma latina conseguiria domar a minha ferinha. – Não pude deixar de rir do comentário dela.

— Igual a senhora fez com o pai? – Questionei divertida e ela gargalhou.

— Sim meu amor, igualzinho eu fiz com seu pai. – Ela respondeu ainda ofegante pela risada. — Já aviso de antemão que faço questão de conhecê-la, preciso ver de perto a mulher que está milagrosamente deixando minha filha desse jeito. – Minha mãe sendo autoritária definiu rapidamente o que queria.

— E de que jeito eu estou? – Desafiei ela.

— Do jeito que alguém que está amando fica com esse brilho inconfundível nos olhos, esse sorriso fácil e a leveza de quem não precisa mais manter seus muros de proteção erguidos.

— Tudo bem mãe, a senhora venceu. Assim que a poeira baixar e as coisas entre mim e Camila tomarem uma definição definitiva, eu irei fazer um jantar para que a família possa conhecê-la. – Me dei por vencida para tirar o foco das palavras dela sobre eu estar amando Camila.

SheikhWhere stories live. Discover now