A Psicóloga

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|DIA SEGUINTE|

(07:00)

Estávamos sentados no avião. Bella perto da janela e eu, ao seu lado. Ficamos vendo as fotos que tiramos, sorrindo e relembrando certos momentos.

Viajar com ela foi algo tão mágico. Estar com ela era mágico, poder compartilhar beijos, abraços, sorrisos....Cada momento foi único. Queria fazer mais viagens assim com ela.

Quem diria que eu iria conhecê-la, me apaixonar tão perdidamente, querer casar e ter um bebê a espera. Foram coisas que um dia eu sequer imaginava querer. Mas com ela tudo mudou.

— O que foi? — ela me perguntou.

— Nada. Só lembrando de como tenho sorte em te ter ao meu lado.

Ela entrelaça seus dedos aos meus, depois os levei até meus lábios e beijei os nós dos seus dedos.

— Também me sinto assim. — ela disse. — Nunca me senti assim, até você chegar.

— Atenção passageiros, o avião já vai decolar. — diz a aeromoça através do microfone.

— Partiu Brasil. — Bella sussurra.

Minutos depois, o avião decola. Alguns outros minutos, já estávamos acima das nuvens.

Bella aproveitou para ler e eu fiquei a observando. Olhando suas reações, risadas e expressões faciais. Ela estava lendo um livro que tinha trago consigo na viagem, mas não tinha lido até esse momento.

Fiquei ali a observando até sentir minhas pálpebras pesadas e adormeci.

________

[Bella]

Fiquei lendo durante umas duas horas, e nessas horas eu olhava para Will, que tinha pegado no sono ao meu lado, no céu que estava bem azulado, e no livro em minhas mãos.

Eu me distraia bastante na leitura. Só conseguia me lembrar dos momentos da viagem, das surpresas que Will tinha feito pensando em mim, na nossa felicidade.

(Horas depois....)

Will e eu estávamos caminhando atrás de outras centenas de pessoas, que apressadas, esbarravam na gente em busca de um táxi ou Uber. O que estive mais próximo.

Tínhamos pedido um Uber, assim que pisamos no aeroporto. Carregamos nossas malas, que estavam mais pesadas por conta do que tinhamos comprado na viagem.

O Uber demorou cerca de vinte a trinta minutos.

Não via a hora de poder tomar um banho quente e cair na minha cama. Nada melhor do que o conforto do próprio lar.

Ao descermos do carro, pude ver a ex de Will sair pela porta e acenar para gente com um sorriso falso. Ela ainda me dava nos nervos.

Entramos em casa e tudo estava do jeito que tínhamos deixado, a não ser pelo crescimento de umas plantas minhas. Eu iria precisar cortar alguns galhos.

— Ah, casa. — única coisa que Will disse antes de se sentar no sofá.

— Não, não. Tá pensando o que? Levanta essa bunda daí e tome um banho.

Ele bufa brincando e se levanta.

— Você vem? — diz, já caminhando em direção ao meu quarto.

— Sim. Só vou beber um pouco de água.

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