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- E trabalha assim com todos os seus pacientes?

- Não, mas...

- Mas o que?

- Eu não deveria fazer isso com nenhum paciente meu, é errado. - afasto um pouco dele.

- Você deveria ter pensado nisso assim que chegamos na sua casa. - diz já começando a se alterar.

- É, eu deveria. Mas na hora eu não pensei e aconteceu.

- É aconteceu, mas você gostou né? Por que eu adorei. - Riu irônico.

- Por que não falamos sobre isso depois? Estamos no meu ambiente de trabalho. - me sento, mas ele ainda continua em pé.

- Pode ser, na sua casa?

- Melhor não. Minha amiga vai lá em casa e....

- Ata, que desculpa mais esfarrapada. - virou de costas e depois olha pra mim.

- Não é desculpa, é a verdade.

Ele vem chegando mais perto de mim.

- A verdade? - riu.

- Olha, você já está perdendo a paciência. Por que não senta um pouco e nós conversamos como duas pessoas civilizadas?

- Não quero me sentar. - diz perdendo a paciência.

- Vou pedir que se retire, Sr.Clark. - me levantei e fui até a porta.

- Não, quero conversar.

- Você está muito alterado no momento, por favor. - abri a porta.

Ele sai com raiva e fecho a porta, vou até minha escrivaninha e me sento.

Não sabia que ele iria ficar alterado dessa forma, eu só queria conversar civilizadamente com ele e ele não quis saber.

Quando deu a hora de ir embora, peguei minhas coisas rapidamente e fui para casa.

A Psicóloga Onde as histórias ganham vida. Descobre agora