Capítulo 3

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Londres, 01:23

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Londres, 01:23

Precisei de vários segundos para finalmente sentir que todos os órgãos dentro de mim acharam seus respectivos lugares, e as mãos espalmadas sobre as coxas enquanto minha coluna estava completamente inclinada para frente era só uma precaução de que o vômito estaria longe de mim caso fosse o caso.

- Você está bem? - Meu pai se aproximou, apoiando a destra sobre minhas costas.

- Arrã... - Respondi baixo, voltando a erguer meu corpo. - O que aconteceu lá?

Mas dessa vez ele já estava mais à frente, com a capa voando atrás de seu corpo, então minha única escolha foi correr para poder alcança-lo.

- Pai. O que aconteceu lá? - Repeti, e percebi que sua face estava comprimida, quase assustada.

- O Lorde das Trevas. - Ele respondeu. - Está mandando uma mensagem; Ele vai atacar em breve.

Um arrepio gélido correu por minha espinha, e mesmo que eu sentisse o corpo todo frio, o suor estampava sobre minha testa enquanto andávamos rápido sobre um campo gramado, próximos a uma das várias montanhas por ali.

- Mas pai... - Murmurei. - Então não deveríamos ter nos juntado?

Eu não sabia se aquela pergunta era a certa a ser feita, mas todos os anos de minha vida estive no meio de comensais e seres tenebrosos, ouvindo suas idéias, fugindo de suas brincadeiras mortais e escorada a maior distância possível, porém sempre estive ali, e meu pai, ainda mais.

Ele segurou meus ombros rapidamente. Seus olhos eram doloridos, quase pude ouvir o que ele queria me dizer sem nem ouvir sua voz.

- Lilly. Você jamais se juntará a eles. - Seu timbre era sombrio, pesado. - Eu morrerei antes que possam botar as mãos em você.

- Pai...

- Você está me ouvindo?! - Suas mãos se apertaram sobre minha pele. - Prometa pra mim, Lilly. Prometa que não será marcada por ele. Prometa que fugirá quando necessário. Prometa que seguirá seu coração, seu bom e carinhoso coração.

Pude sentir as lágrimas quererem atrapalhar minha visão, assim como a dele, mas afirmei rapidamente com a cabeça, erguendo meus braços em seu ombro, o puxando para um abraço. Seus braços me envolveram tão apertado que temi ser a última vez que o veria.

- Está tudo bem, pai. - Falei quando meu rosto afundou sobre seu pescoço. - Eu prometo.

Então nos afastamos o suficiente para que ele pudesse beijar o topo de minha testa e eu beijasse as costas de uma de suas mãos.

𝐓𝐡𝐞 𝐏𝐮𝐫𝐞 𝐁𝐥𝐨𝐨𝐝 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬 [COMPLETO]Where stories live. Discover now